TRAGÉDIA NO RIO GRANDE DO SUL

06.02.2013 - quarta-feira 

SANTA MARIA: JUIZ NEGA PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO DE SÓCIOS DA KISS E DE UM DOS MÚSICOS

A movimentação da polícia em frente ao hospital onde Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, estava internado (Foto: Henrique Siqueira / Agência RBS)

O juiz Ulysses Fonseca Louzada, da Comarca de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, indeferiu os pedidos de relaxamento de prisão de três envolvidos no incêndio da boate Kiss, que deixou 238 mortos na madrugada de 27 de janeiro. A prisão temporária de dois sócios-proprietários da casa noturna - Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann - e de dois músicos da banda Gurizada Fandangueira - o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão - havia sido prorrogada por mais 30 dias pelo juiz plantonista da Comarca, Régis Adil Bertolini.



As defesas de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Luciano Leão encaminharam os pedidos de soltura, alegando inconstitucionalidade na medida. Ao indeferir o pedido, o Juiz Ulysses Louzada considerou que a manutenção da prisão temporária é necessária para que a autoridade policial leve a efeito a investigação que apura dos fatos que levaram ao incêndio que desencadeou a tragédia na Kiss, bem como para identificar os seus responsáveis.


“O pedido foi idenferido para que a autoridade policial possa fazer as diligências que entender necessárias”, disse o magistrado.

De acordo com o juiz, o empresário Elissandro Spohr, que estava internado no Hospital de Cruz Alta, já foi transferido para o Presídio de Santa Maria, onde estão presos os demais acusados.

Fonte: http://extra.globo.com/


05.02.2013 - terça-feira


SOBE PARA 238 NÚMERO DE MORTOS POR INCÊNDIO EM SANTA MARIA

Secretaria confirmou morte de jovem
 de 20 anos (Foto: Divulgação)

O número de mortos no incêndio em uma boate em Santa Maria, no interior de Rio Grande do Sul, subiu para 238 nesta terça-feira, informou a Secretaria de Saúde do Estado.

A secretaria confirmou a morte de um jovem de 20 anos, que não teve o nome revelado a pedido da família e estava internado na Santa Casa em Porto Alegre. De acordo com o órgão, ele morreu "em decorrência dos ferimentos sofridos" no incêndio.

A tragédia na boate Kiss, uma das mais famosas de Santa Maria, começou, segundo a polícia, quando faíscas de um artefato pirotécnico acionado por um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que tocava no local, entrou em contato com o revestimento acústico que estava no teto da casa.

Além das chamas, a fumaça liberada pela queima do material liberou um gás tóxico que provocou a maioria das mortes por asfixia.

Com a morte do jovem de 20 anos nesta terça-feira, já são quatro as vítimas do incêndio que morreram após serem resgatadas do local e internadas em hospitais, segundo a secretaria.

No sábado, chegou ao país uma doação do governo dos Estados Unidos com 140 kits do medicamento hidroxicobalamina, usado para tratamento da inalação do gás cianídrico, altamente tóxico e que foi liberado pela queima do revestimento acústico da boate.

Segundo autoridades médicas, mesmo aqueles que saíram ilesos da boate, mas inalaram a fumaça tóxica, podem apresentar problemas até uma semana depois do ocorrido.

O desastre em Santa Maria aconteceu na madrugada de domingo, 27 de janeiro, e foi o segundo maior provocado por um incêndio no país, atrás apenas do que atingiu um circo em Niterói (RJ), em 1961, que matou mais de 500 pessoas.

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde gaúcha, 81 pessoas ainda estão internadas em decorrência da tragédia, 23 respirando com ajuda de aparelhos.

Fonte: Estadão.com.br


SANTA MARIA: INCÊNDIO NA BOATE KISS FAZ MAIS UMA VÍTIMA; TOTAL DE MORTOS JÁ É DE 236

Matheus Rafael Raschen tinha 20 anos
 (Foto: Reprodução / Facebook )

Morreu, na noite desta quinta-feira, por volta de 22h, mais uma vítima do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Matheus Rafael Raschen, de 20 anos, jogava basquete e chegou a defender a seleção brasileira sub-18 no esporte. Assim como boa parte dos mortos na tragédia, Matheus era aluno da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde cursava tecnologia em alimentos. Segundo o portal “G1”, a família do rapaz vive na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul.

Matheus passou os últimos dias na Central de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. O jovem vinha enfrentando problemas para respirar por ter inalado fumaça tóxica na casa noturna. Com a morte do rapaz, subiu para 236 o número de vítimas do incêndio que destruiu a boate Kiss durante uma festa universitária, na madrugada do último domingo.

Fonte: extra.globo.com/noticias

30.01.2013 - quarta-feira 


POLÍCIA RECONSTITUI INCÊNDIO EM BOATE COM TESTEMUNHAS

'Todos afirmaram que o fogo começou no mesmo 
lugar, no teto', disse delegado (Foto: Divulgação)

Cinco testemunhas foram levadas à boate Kiss, nesta quarta-feira (30), para fazer uma reconstituição do incêndio que matou 235 pessoas na madrugada de domingo (27), em Santa Maria. Segundo a Polícia Civil, todos afirmaram que o ponto de origem do fogo foi no teto do palco.

“Foi uma breve reconstituição com objetivo de esclarecer algumas dúvidas que estão surgindo no inquérito. Todos afirmaram que o fogo começou no mesmo lugar, no teto, do lado direito do palco, onde o vocalista da banda fazia o show pirotécnico”, afirmou o delegado Sandro Meinerz, um dos responsáveis pela investigação. “Todos os indícios apontam que o sputnick [sinalizador] causou o incêndio”, disse ele.

Conforme a polícia, as testemunhas também foram unânimes em afirmar que o extintor de incêndio que estava do lado direito do palco foi acionado, mas não funcionou. Eles afirmaram ainda que a fumaça demorou entre 40 segundos e um minuto para tomar conta de toda a boate.

“Certamente, a espuma funcionou facilitando a propagação rápida da fumaça porque não era da especificação adequada para o revestimento do local. A espuma foi trocada na metade do ano. Um funcionário que admitiu isso à polícia”, disse o delegado Meinerz. “Foi feito de forma amadora e ingênua”, acrescentou o delegado regional, Marcelo Arigony.
Donos formais da boate

Nesta quarta-feira foram ouvidas mais 14 pessoas, entre elas duas mulheres: a mãe e a irmã de Elissandro Spohr, que emprestaram o nome para a construção do contrato e são as sócias formais da Kiss. "Na verdade, elas emprestaram o nome.  A mãe inclusive era funcionária, recebia salário para trabalhar lá”, segundo o delegado Arigony.

A polícia diz ter um contrato de gaveta que é a prova da ligação de Mauro Hoffmann, um dos sócios presos, com a boate. Segundo a polícia, as sócias formais afirmaram em depoimento que ele participava ativamente do gerenciamento, inclusive tendo reuniões periódicas com os demais sócios.

"Documentos começaram a chegar, como do registro de imóveis, cartório, temos que descobrir todas as intercorrências que houve desde que aquela casa foi construída. Já temos mil páginas no inquérito", diz o delegado. Tanto a prefeitura quanto o Corpo de Bombeiros já enviaram as respostas.

A polícia espera até sexta-feira, quando vence a determinação judicial que determinou a prisão temporária de 5 dias, que tenha provas para pedir a prorrogação das prisões. “A investigação caminha para isso”, disse Arigony. “A prisão deles era imprescindível para que as investigações ocorressem sem interferências, para preservar os locais e as testemunhas”, acrescentou.

Fonte: G1

SÓCIO DA BOATE QUE ESTÁ HOSPITALIZADO APRESENTA QUADRO DEPRESSIVO

Elissandro Spohr, internado em Cruz Alta, teria
 tentado suicídio no hospital (Foto: Divulgação)

O delegado regional Marcelo Arigony, de Santa Maria, confirmou que o sócio da boate Kiss que está internado em Cruz Alta tentou suicídio no hospital. Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, está sob custódia no hospital e estaria bastante deprimido por causa do incêndio que ocorreu na sua casa noturna no último domingo, 27, que matou 235 pessoas até agora.

Ele também teve a prisão temporária decretada, mas ainda não se apresentou à polícia  por estar hospitalizado. A cidade de Cruz Alta fica a cerca de 130 quilômetros de Santa Maria.



MINISTÉRIO PÚBLICO DO RS COMEÇA A FAZER INVESTIGAÇÃO PRÓPRIA SOBRE BOATE KISS23

O estudante paraguaio Guido Ramón Brítez 
Burró, 21, é enterrado no cemitério de Villa Elisa,
 município próximo à capital Assunção (Paraguai)
 (Foto Norberto Duarte/AFP)

O Ministério Público estadual em Santa Maria (RS) instaurou inquérito civil público para apurar as irregularidades na boate Kiss, onde um incêndio matou mais de 230 pessoas na madrugada do último domingo (27).

PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS

A boate poderia funcionar com apenas uma saída de emergência? Por decreto não poderia. Mas então por que o Corpo de Bombeiros concedeu o alvará de funcionamento?

Onde estão as imagens do sistema de segurança?   Os primeiros depoimentos dão conta de que a gravação não estaria funcionando.

Os seguranças impediram os clientes de sair da boate sem pagar a comanda? As informações iniciais dizem que isso pode ter ocorrido antes de eles se darem conta de que estava acontecendo o incêndio
A reforma recente na boate pode ter contribuído para causar o incêndio? O teto pode ter sido rebaixado, o que colocaria o material pirotécnico mais próximo de um isolamento acústico altamente inflamável. O delegado que chefia as investigações disse que a casa noturna havia feito reformas "ao arrepio de qualquer fiscalização, por conta e risco dos proprietários"

Por que os extintores não funcionaram? A polícia diz que os extintores podem ter sido falsificados.
A iluminação de emergência funcionou corretamente? Polícia investiga hipótese de as pessoas terem ficado presas no banheiro por não conseguirem enxergar a saída por falta de sinalização adequada e excesso de fumaça.

Donos permitiram a superlotação? O local, segundo os bombeiros, comportaria 691 pessoas. Mas polícia estima que mais de mil estavam presentes na hora do incêndio.

O inquérito, instaurado na terça-feira (29), pretende apurar responsabilidades cíveis, independentemente da área criminal.

"A instauração do inquérito civil nos permite requisitar documentos e produzir provas para apurar esse tipo de responsabilidade", disse o promotor César Carlan.

"Estamos, neste momento, acompanhando o trabalho da polícia, onde os elementos de prova produzidos serão úteis para a nossa investigação".

Na área criminal, o delegado regional da Polícia Civil, Marcelo Arigony, que coordena as investigações do incêndio da boate, disse já ter certeza de que o funcionamento do estabelecimento era irregular.

De acordo com ele, uma série de circunstâncias possibilitaria "até a uma criança" concluir que a casa não deveria estar funcionando.

Arigony disse ainda que, segundo sugerem as investigações iniciais, houve irregularidades nos extintores, na iluminação do banheiro, na largura da porta, na disposição da casa e na lotação do estabelecimento.

"Por que eu tenho certeza de que alguma irregularidade havia? Porque, se uma dessas circunstâncias se confirmar, já se comprovaria [a irregularidade]", disse.

MESMO COM ALVARÁ VENCIDO, BOATE PODERIA FUNCIONAR, DIZEM BOMBEIROS

"De acordo com o alvará anterior [vencido em agosto de 2012], os sistemas de prevenção de incêndio previstos na lei estavam instalados e operantes. Assim, enquanto tramita o pedido de renovação do [novo] alvará, não há previsão legal para interdição imediata determinada pelo Corpo de Bombeiros, cuja competência é limitada às questões relacionadas ao sistema de prevenção de incêndio", diz nota divulgada no final da noite de terça-feira (30).

Segundo o texto, no último mês de setembro, o Corpo de Bombeiros havia notificado o proprietário da boate sobre o vencimento do Alvará de PPCI --cuja emissão e fiscalização cabem aos bombeiros-- em agosto de 2012.

"Em novembro, o proprietário solicitou a inspeção para renovação do alvará, e o processo estava em tramitação no Corpo de Bombeiros".

Ontem, a prefeitura de Santa Maria informou que a documentação da boate, sob sua responsabilidade, estava em dia, e também se eximiu da responsabilidade por não ter proibido o funcionamento do estabelecimento.

Fonte: UOL.com.br

VEJA FOTOS DO INTERIOR DA BOATE KISS APÓS TRAGÉDIA EM SANTA MARIA

Novas imagens foram divulgadas nesta terça (29) pela polícia civil do Rio Grande do Sul.


  ESTUDANTE SALVOU AO MENOS 14 PESSOAS ANTES DE MORRER EM INCÊNDIO 

Bruno (à esq.), o pai (centro) e a irmã (dir.) de
Vinicius fazem gesto em homenagem ao
estudante (Foto: Paulo Toledo Piza/G1) 

Parentes e amigos do estudante de educação física Vinícius Montardo Rosado, de 26 anos, tentam, com muito esforço, cumprir o que acreditam seja um dos últimos desejos do jovem e não chorar. O brincalhão de quase dois metros, que nunca ficava emburrado, segundo sua família, foi um dos 235 mortos no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul. Ele foi um dos primeiros a sair da casa noturna em chamas, mas decidiu voltar e ajudar quem não conseguia escapar. Pelo menos 14 pessoas foram retiradas daquele lugar pelo rapaz, segundo relatos de sobreviventes.

O portal G1 esteve na casa onde o jovem vivia com a família, em Santa Maria, nesta terça-feira (29). Logo na entrada da casa simples, alguns parentes que foram prestar condolências à família estavam sentados em cadeiras de armar. Enquanto conversavam, tomavam chimarrão.

No quarto, a auxiliar de escritório Jéssica Montardo Rosado, de 24 anos, irmã de Vinícius, mostrou fotos dele ainda criança que tinham sido publicadas no Facebook. "A gente era muito unido. Sempre dormimos na mesma cama, desde pequenos", disse.

Vinícius faz gesto que era considerado sua marca
registrada (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal) 

Ao abrir o guarda-roupas, ela retirou do canto da prateleira mais alta uma camisa do Internacional. "Aqui está tudo que ele tinha. Essa era a paixão dele", afirmou.

“Se ele e muitos outros jovens não tivessem voltado para ajudar, essa tragédia seria muito maior. Em vez de 234, seriam 400, 500 mortos”, disse o pai de Vinícius, o gerente de eventos Ogier de Vargas Rosado, de 51 anos.

O estudante estava animado com o futuro. Com formatura marcada para este ano, planejava seguir para São Paulo, onde trabalharia e juntaria um dinheiro para um cruzeiro marítimo. Adepto de esportes que exigem físico desenvolvido, como rúgbi, queria se tornar lutador de MMA.

Ele e seu melhor amigo, o empresário Bruno Perin, de 25 anos, criaram quando adolescentes um estilo de vida intitulado “free life style”. “É como um ‘carpe diem’, sobre aproveitar ao máximo a vida. E acho que ele conseguiu isso durante a vida”, lembrou o jovem.

Parentes contam que Vinicius adorava festas, mas cancelava qualquer evento se um amigo precisasse de ajuda. “Era um rapaz muito humilde. Nunca vi ninguém falar que não gostava dele”, disse o pai. “Brincava que ele era como uma baleia: grande, forte e doce.”

Foi em uma festa, porém, que a vida do jovem chegou ao fim. Segundo testemunhas, na madrugada de domingo Vinicius saiu da boate e procurou a irmã. Ao ver que Jéssica estava bem, voltou ao prédio em chamas, para resgatar quem não conseguia encontrar a saída.

Depois de alguns minutos, foi retirado por bombeiros desacordado. Ele morreu na ambulância, a caminho do hospital. No velório coletivo realizado no ginásio esportivo da cidade, pessoas que sobreviveram e que participaram da cerimônia reconheceram Vinicius. “Passavam e diziam: ‘lembro dele. Foi ele quem me salvou’”, afirmou Bruno. Por suas contas, foram 14 os resgatados pelo estudante de educação física. “Santa Maria não pode ser lembrada como uma terra onde aconteceu uma tragédia, mas uma terra de heróis”, completou.

Desenho feito por amigos de Vinicius
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1) 

Inicialmente revoltado com o desprendimento do filho que causou sua morte, Ogier reviu sua opinião após pensar e conversar com a filha. “Ela me disse que, mesmo que eu estivesse lá e tentasse impedi-lo, ele me empurraria e entraria. Era a índole dele. Se ele não tivesse entrado, sei que se arrependeria de ter deixado todas aquelas pessoas morrerem.”

Emocionado com o exemplo do filho, o gerente de eventos espera que o mundo tenha outros tantos Vinicius. “Se o mundo tivesse esse tipo de solidariedade uma vez a cada seis meses, ele seria um lugar melhor para se viver.”

NÚMERO DE PESSOAS INTERNADAS APÓS INCÊNDIO AUMENTA PARA 143

São 143 pessoas em atendimento em hospitais do RS (Foto: Camila Domingues/Reuters)

 O número de feridos na tragédia em Santa Maria que precisaram de internação aumentou nas últimas horas, segundo a Força Nacional do SUS. Na manhã desta quarta-feira (30), 143 pessoas estão internadas em hospitais de Santa Maria e de Porto Alegre. Na terça-feira, o número era de 121 internados. O incêndio que atingiu a boate Kiss na madrugada de domingo (27) matou 235 pessoas.

De acordo com Neio Pereira, diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o aumento do número de internações se dá principalmente pelos sintomas da pneumonite química, que atingiu os jovens que entraram em contato com a fumaça tóxica do incêndio.

"É algo comum de acontecer alguns dias depois do incêndio. As pessoas começam a sentir falta de ar, dificuldade para respirar. Muitos que chegam em busca de atendimento precisam ficar internados", disse Pereira , que falou em nome da Força Nacional do SUS.

Pereira e a coordenadora regional de Saúde, Ilse Mello, afirmam que o total de pessoas internadas estado de saúde considerado grave segue em 75. Dos 81 pacientes internados em Santa Maria, 33 estão respirando com a ajuda de ventilação mecânica. Dos 62 internados em Porto Alegre, 57 estão em ventilação mecânica.

O diretor técnico do GHC ainda destacou que algumas pessoas ainda podem apresentar o chamado estresse traumático. Uma equipe de profissionais de saúde do SUS e de voluntários esta sendo destinada apenas para auxiliar nestes casos, prestando apoio psicológico para as vitimas e familiares. "O estresse causado pelo trauma demorar até 72 horas para aparecer. As pessoas começam a entrar em depressão pelo luto, o que é normal", disse.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda está em Santa Maria, onde logo no começo desta quarta teve uma série de reuniões com a coordenação da Forca Nacional do SUS. Ainda nesta quarta, o ministro deve ir a Porto Alegre, onde fará uma visita no hospitais onde estão internadas as vitimas.

A ultima vitima fatal foi registrada na noite de terça-feira (29). O jovem Gustavo Marques Gonçalves, que estava internado no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, não resistiu aos ferimentos e teve morte e encefálica confirmada.

INVESTIGAÇÃO DA TRAGÉDIA
O delegado regional de Santa Maria (RS), Marcelo Arigony, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (29) que a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador mais barato, próprio para ambientes abertos e que não deveria ser usado em local fechado, durante o show na boate Kiss, em Santa Maria (RS). O equipamento teria provocado o incêndio que deixou 235 mortos na madrugada de domingo (27).

O delegado Marcelo Arigony elencou uma série de elementos que contribuíram para que a tragédia ocorresse, como falhas na iluminação de emergência, espuma inadequada para recobrir a danceteria, além de extintores irregulares.

Segundo Arigony, o extintor de incêndio que estava na boate e falhou quando os seguranças tentaram apagar o fogo pode ser falsificado.“Segundo testemunhas e provas preliminares, os extintores podem ser falsos, pois não estavam funcionando, não funcionavam direito”, disse.

INCÊNDIO E PRISÕES
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.

Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

Quatro foram presos nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.

Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.

O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".

Na manhã de segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".

A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias. O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.

Também na tarde de terça, outras informações importantes sobre o caso foram divulgadas:

1- Segundo a polícia, a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador mais barato, impróprio para ambientes fechados;

2- há diversos indicativos de que a boate não deveria estar funcionando;

3- a Prefeitura de Santa Maria se eximiu de responsabilidade pelo incêndio;

4- o chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, major Gerson Pereira, recebeu uma ligação do governo do Estado e disse que foi "orientado a não falar com a imprensa".

Fonte: G1

29.01.2013 - terça-feira 

JOVEM INTERNADO EM PORTO ALEGRE TEM MORTE ENCEFÁLICA, DIZ SECRETARIA

Internado em Porto Alegre, Gustavo Marques Gonçalves, 21 anos, teve morte encefálica confirmada pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul na noite desta terça-feira (29). Com a nova vítima, de acordo com dados do órgão estadual, sobe para 235 o número de mortos no incêndio da boate Kiss durante uma festa universitária em Santa Maria.

A morte encefálica foi verificada às 18h01 desta terça, de acordo com a Secretaria da Saúde.

117 em atendimento
Ainda há 117 feridos no incêndio durante uma festa universitária na boate Kiss na madrugada deste domingo (27) sendo atendidos em hospitais do Rio Grande do Sul, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Em entrevista coletiva no Hospital de Caridade, em Santa Maria, na noite desta terça-feira (29), ele informou que há 64 internados em Santa Maria e 53 em Porto Alegre e na Região Metropolitana.

Entre os pacientes em Santa Maria, 27 estão em ventilação mecânica. Dos pacientes em Porto Alegre, apenas três foram retirados da ventilação mecânica. "Estamos confiantes de que outras pessoas possam ter uma evolução no estado de saúde", disse Padilha.

Ainda conforme o secretário, há 30 leitos de UTI disponíveis em Santa Maria.

Investigação

O delegado regional de Santa Maria (RS), Marcelo Arigony, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (29) que a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador mais barato, próprio para ambientes abertos e que não deveria ser usado em local fechado, durante o show na boate Kiss, em Santa Maria (RS). O equipamento teria provocado o incêndio que deixou 234 mortos na madrugada de domingo (27).

"Eles compraram um sinalizador de pirotecnia mais barato, que sabiam que era exclusivamente para ambientes abertos, porque falaram que era mais barato. O sinalizador para ambiente aberto custava R$ 2,50 a unidade e, para ambiente fechado, R$ 70. Eles sabiam disso, usaram este modelo para economizar. Usaram o equipamento para ambiente aberto porque era mais barato”, disse o delegado.

Segundo ele, os integrantes da banda admitiram o uso do sinalizador em depoimento. A banda teria inclusive usado o mesmo modelo de sinalizador em outras apresentações.

O delegado elencou uma série de elementos que contribuíram para que a tragédia ocorresse, como falhas na iluminação de emergência, espuma inadequada para recobrir a danceteria, além de extintores irregulares.

Segundo Arigony, o extintor de incêndio que estava na boate e falhou quando os seguranças tentaram apagar o fogo pode ser falsificado.“Segundo testemunhas e provas preliminares, os extintores podem ser falsos, pois não estavam funcionando, não funcionavam direito”, disse.

Ainda segundo o delegado, a espuma utilizada no revestimento da casa noturna não servia como revestimento acústico. “Esta espuma nem faz isolamento acústico,apenas evita eco e é inflamável. Pode ter produzido o gás tóxico”, diz o delegado.

Entre os outros problemas apontados por Arigony estão reformas realizadas na boate Kiss que não tinham sido notificadas ou autorizadas pela prefeitura de Santa Maria e pelo Corpo de Bombeiros. A porta de entrada do local também não teria capacidade para dar “evasão de fuga” ao público.

O Corpo de Bombeiros, segundo o delegado, informou que o local tinha 615 metros de área e capacidade para 691 pessoas. O alvará de funcionamento estava vencido desde 10 de agosto e o laudo sanitário, desde 31 de março.

Também foi apontado por Arigony falhas na sinalização interna do estabelecimento. “A boate não tinha iluminação para crise. As pessoas podem ter corrido para o banheiro, ao ver a luz ligada lá, achando que era uma saída de emergência e acabaram morrendo asfixiadas lá dentro”.

Até esta terça-feira, 44 pessoas já foram ouvidas pela polícia e 10 ofícios de informações foram expedidos a órgãos públicos pedindo explicações e documentos. Segundo o delegado, apenas a Brigada Militar já respondeu aos questionamentos.

O delegado afirma que abriu um processo para investigar a responsabilidade do Corpo de Bomberiros e da prefeitura de Santa Maria, e se houve improbidade administrativa. "Por tudo isso, qualquer criança vê que esta casa não poderia estar funcionando. O conjunto todo mostra uma irregularidade total. O conjunto todo mostra que esta casa não podia estar funcionando", afirmou.

Vocalista admite uso
Marcelo Santos, que é vocalista da banda Gurizada Fandangueira, admitiu à polícia que segurou um sinalizador aceso durante o show na boate Kiss. O músico negou, no entanto, que as faíscas do artefato tenham provocado o incêndio e disse que já havia manipulado esse tipo de sinalizador por diversas vezes em outras apresentações.

Fonte: G1

AO ENTRAR NUMA CASA NOTURNA, SAIBA COMO VERIFICAR SE O LOCAL É SEGURO 

O incêndio que matou mais de 230 pessoas em uma casa noturna no Rio Grande do Sul no domingo (27) levantou o alerta para todas as pessoas que se divertem em boates e demais estabelecimentos do gênero no Brasil: será que o lugar é seguro?
O portal G1 (http://g1.globo.com/) ouviu especialistas em segurança que contaram quais são as obrigações básicas de cada local e como um leigo consegue saber se essas regras estão sendo seguidas.

Por exemplo: como saber se a casa está com o alvará de funcionamento em dia, se está com os equipamentos de segurança corretos, se há rotas de fuga?

Veja abaixo respostas para estas e outras perguntas:

Alvará de funcionamento - documento emitido pela prefeitura, estado, bombeiros ou órgão específico de atuação de cada estabelecimento que dá permissão para o empreendimento atuar. Tem de ser afixado em local visível ao usuários.
  
Saídas de emergências mostram a rota de fuga do
local (Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

Saídas de emergência - são obrigatórias, porém a quantidade e a posição onde devem ser colocadas são determinadas por uma avaliação técnica feita por um engenheiro ou arquiteto. Deve ser localizada imediatamente acima da porta centralizada a uma altura de 1,8 metro de altura medida do piso à base da sinalização.

Deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 metros. A sinalização complementar de rotas de saída é facultativa e deve ser aplicada sobre o piso.

Sinalização mostra como acionar a porta corta-fogo
(Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

Porta corta-fogo - protege a saída de emergência, que não pode ter materiais inflamáveis. Para segurança, ela deve possuir uma barra “antipânico” como sistema de abertura. Só com a pressão das mãos sobre a barra a pessoa destrava e abre a porta. Deve ser usada em áreas que comunicam diretamente com as rotas de fuga.

É considerado um produto seguro, entretanto sua eficácia pode ser comprometida caso haja uso inadequado e se não passar por um teste de qualidade.

Sinalização indica onde está o equipamento
(Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

EXTINTORES

são obrigatórios e devem ser checados uma vez por ano. Quem calcula a quantidade do dispositivo e onde ele deve ser instalado também é o especialista técnico. Segundo as normas do Inmetro, existem três tipos de fogo: o fogo gerado por combustíveis líquidos, por líquidos inflamáveis e por equipamentos elétricos. Cada extintor traz as suas especificações.

Dispositivo de extração de fumaça - são dutos no teto que ajudam na circulação de ar e na evacuação da fumaça, caso comece um incêndio. No entanto, o dispositivo não ´e obrigatório em todos os estados.

Placa mostra onde o alarme pode ser disparado
(Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

Alarme de incêndio com detector de fumaça - o detector de fumaça aciona automaticamente um alarme sonoro sobre a existência de um incêndio. Ele pode ser equipado ainda com um dispositivo de localização, que envia um sinal de emergência ao Corpo de Bombeiros.

No entanto, não é obrigatório em todos os estados; apenas o alarme de emergência manual, acionado por um botão.

Chuveiro automático para extinção de incêndio
(Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

Sprinkler (chuveiro automático para extinção de incêndio) - é uma rede instalada no telhado do prédio com diversos dispositivos com água, que devem ser acionados automaticamente, por meio da variação de temperatura.

Eles cobrem uma área de 10 m² a 14 m² e conseguem conter a fumaça e o calor logo no início, o que evita possíveis mortes por asfixia. No entanto, a obrigatoriedade vai depender da avaliação de cada situação.

NORMAS E RECOMENDAÇÕES

"O local é seguro se a casa noturna tiver alvará de funcionamento (que precisa estar exposto na entrada do local), saída de emergência, extintores, iluminação de emergência e sinalização de saída de emergência", diz o engenheiro civil e coordenador do CB-24 RS (Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio) da ABNT núcleo RS, Carlos Wengrover Rosa.

De acordo com ele, há outros itens de segurança que podem auxiliar na garantia de segurança para os frequentadores de casas noturnas e outros estabelecimentos comerciais. "Sistema de extração de fumaça e alarme de incêndio com detecção de fumaça já são obrigatórios em São Paulo e no Rio de Janeiro e poderiam ter colaborado com a segurança da boate [Kiss] no caso deste incêndio", afirma o coordenador da ABNT.

Segundo Gerardo Portela, doutor em Gerenciamento de Riscos da Coppe-UFRJ, para garantir a segurança das pessoas em estabelecimentos comerciais é necessário ir além das regras. "Se existem regras, elas precisam ser respeitadas, mas não só isso. É muito importante que, quando se falar em segurança, os responsáveis sigam muito além das regras, da legislação vigente. É preciso pensar preventivamente."

Wengrover Rosa diz que "apesar de todos esses cuidados adotados pelo frequentador da casa noturna, é muito difícil um leigo saber se o local é completamente seguro. Só mesmo uma pessoa técnica terá como afirmar isso. É por esse motivo que os alvarás de funcionamento, de combate a incêndio são importantes".

Para Portela, as pessoas precisam tentar manter a tranquilidade durante o incêndio e evitar pânico. Ele lista algumas ações que podem ser adotadas por quem está em um cenário de incêndio e sair ileso.

Veja abaixo como se comportar em caso de incêndio:

ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO

O que mais contribui para o sucesso de uma pessoa de um acidente ou incêndio é tentar entender, o mais rápido possível, o que está acontecendo e identificar uma estratégia para escapar. O tempo é um fator decisivo em caso de incêndio. É necessário analisar previamente as opções de escape e abandono, identificar antecipadamente as saídas, pensar sobre possíveis estratégias, manter constante atenção sobre o que está acontecendo e se permitir imaginar o que poderia ser feito numa situação de emergência.

PERCEBER QUE ESTÁ EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Estar atento aos alarmes e sinais suspeitos como fumaça, sirenes, ruídos, sons e calor pode fazer diferença decisiva. Os mais atentos têm mais chances de reagir em um tempo menor.  Segundos a mais no tempo de reação podem fazer diferença em caso de incêndio.

IDENTIFICAR A DIREÇÃO E A ORIGEM DO FOGO
Antes de iniciar a fuga do local, tente identificar de que lado está o incêndio. Pode ser que esteja progredindo no mesmo piso, pode também estar vindo de cima ou de baixo. Fumaça e calor tendem a subir e observar isso pode ajudar a identificar a direção de onde vem o incêndio para que seja evitada.

SE TIVER DÚVIDA, NÃO FIQUE NO LOCAL
Caso haja indício ou suspeita de um incêndio, não hesite, siga a sinalização e saia do local. Depois verifique se realmente trata-se ou não de uma emergência. O máximo que vai acontecer é ter que retornar ao seu local de origem.

SE PREPARAR PARA SAIR RÁPIDO

Na hora em que se percebe o incêndio, o efeito surpresa causa um impacto emocional sobre as pessoas. A ideia é sair, mas o ambiente emocional pode tornar difícil a simples localização da chave da porta ou encontrar as portas de saída ou de emergência. O mais importante é priorizar a vida sempre, ao invés de documentos, objetos e valores.

FUMAÇA

Simulações em computador indicam que acidentes com fumaça causam mais vítimas do que o fogo direto. Muitas vítimas, antes de sofrerem queimaduras perdem os sentidos por causa da inalação de fumaça. Uma toalha ou camiseta molhada sobre a cabeça pode oferecer um tempo extra de resistência em um ambiente com fumaça. Em geral a fumaça tende a subir, ou seja, próximo ao piso é mais provável de se respirar melhor.

Fumaça negra e muito densa também provoca perda de visibilidade. Não raramente ambientes podem estar parcialmente tomados por fumaça negra apenas na parte superior.  Como as pessoas estão com a cabeça dentro da fumaça negra, não enxergam, ficam desorientadas e acabam respirando essa fumaça, que em geral é letal e de rápido efeito. Abaixe-se para respirar por mais tempo.

NÃO DEIXE PESSOAS PARA TRÁS

Um erro comum é sair para ver o que está acontecendo e deixar pessoas para trás sem comunicação. Isso pode gerar pânico e desespero, fazendo com que a pessoa tente retornar em meio a um incêndio impossível de ser enfrentado. O melhor a fazer é sair em grupo, todos juntos.

ELEVADORES

Os elevadores modernos possuem uma programação automática para incêndio, que ao ser acionada faz com que a cabine desça para o térreo e abra a porta. Isso significa que se a pessoa estiver no elevador e a programação for iniciada, basta aguardar que o elevador chegue ao térreo e abra as portas. Em incêndios que interrompem a energia elétrica subitamente, opte pela saída de emergência no teto do elevador.

ENERGIA ELÉTRICA É CORTADA

Uma das primeiras ações a serem tomadas no combate a um incêndio é cortar a energia elétrica para reduzir a propagação do mesmo. Muitas vezes o incêndio se inicia por um curto circuito que desliga o fornecimento de energia automaticamente mesmo antes de um agente externo executar essa tarefa. Portanto, opte sempre pelas escadas, mantenha em local de fácil acesso lanternas disponíveis e carregadas.


CRIANÇAS OU PESSOAS COM LIMITAÇÃO DE LOCOMOÇÃO

Crianças pequenas devem ser levadas no colo e com o rosto próximo ao do adulto.  Assim as condições de respiração para ambos serão as mesmas. Frequentemente pessoas que estão socorrendo outras instintivamente buscam o ar de melhor qualidade mas não atentam que há alguns centímetros de distância o ar pode estar irrespirável para quem está sendo socorrido.

PORTAS

Antes de abrir uma porta observe a temperatura na superfície e se há passagem de fumaça.  Em alguns casos, se do outro lado o fogo estiver intenso, uma vez aberta a porta esta não conseguirá mais ser fechada.

NÃO SIGA GRUPOS POR SEGUIR

Não siga um grupo apenas por seguir, principalmente se não existia treinamento prévio e uma estratégia definida para fugir do incêndio. Grupos muito grandes sem treinamento enfrentam dificuldades de comunicação, o primeiro não consegue falar com o último e se o primeiro perceber que é preciso voltar os últimos poderão estar forçando o grupo para frente e gerar confusão.

NÃO TENTAR COMBATER O INCÊNDIO

Ao perceber que o fogo está fora do controle, priorize sair e deixe a tarefa de combate para os bombeiros profissionais e brigadistas. Utilize o sistema de combate a incêndio, extintores ou mangueiras para abrir caminho para sair.


EVITE O CONFINAMENTO

Não fique em locais confinados se há opção de saída.  A hora de tomar a decisão de sair é enquanto as saídas estão disponíveis. Evite ficar confinado mesmo que isso pareça seguro.  Só considere a possibilidade de um abrigo confinado em último caso. Janelas são uma opção em situações extremas. Em alguns casos é possível passar entre janelas e varandas.

Fonte: G1 

28.01.2013 - segunda-feira   


JOVEM QUE FOI A SANTA MARIA MORRE AO LADO DE NAMORADA EM BOATE

O namorado da estudante do curso técnico de alimentos Susiele Cassol, 19, chegou na manhã de sábado (26) a Santa Maria (323 km de Porto Alegre). O plano de Roger Dall'Agnol, 21, e dos pais de Susiele era passar o final de semana com a jovem, que mora na cidade. Susiele e Roger morreram durante o incêndio na boate Kiss, no centro da cidade. Além deles, outras 229 pessoas foram vítimas da tragédia que ainda está sendo investigada.

Segundo amigos da família, eles namoravam há cerca de quatro anos e se conheceram pela internet. Como Roger morava em Paraí e ela em Nova Prata no início do relacionamento, o casal se via apenas nos períodos de folga.

A família da estudante é de André da Rocha, mas vivia em Nova Prata. A jovem mudara para Santa Maria no ano passado, depois de passar no vestibular da UFSM.
             
Roger Dall'Agnol, 21, e Susiele Cassol, 19, morreram no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS) (Foto: Reprodução/Facebook)          
 
Uma amiga da família da jovem disse que a mãe de Susieli telefonara na sexta à noite para contar sobre os planos de visitar a filha em Santa Maria, que estava repondo as aulas suspensa durante a greve da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

Os pais da Susiele passaram a manhã procurando informações sobre a filha, que só chegou às 12h, com a identificação do corpo. Já o corpo de Roger havia sido identificado pela manhã.

INCÊNDIO

As autoridades informaram que entre mortos estão 120 homens e 113 mulheres. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que já foram identificadas 115 vítimas da tragédia.

A boate era uma das principais casas noturnas e era famosa por receber estudantes universitários e tinha capacidade para cerca de mil pessoas, segundo a polícia. A estimativa é que entre 600 e 700 pessoas estavam no local no momento do incêndio.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, o fogo teria começado na espuma de isolamento acústico, no teto. Um dos integrantes da banda, que se apresentava no local, teria acendido um sinalizador, que atingiu o teto e o fogo se espalhou rapidamente, de acordo com Vargas.

A auxiliar de escritório, Michele Pereira, 34, que estava em frente ao palco no momento em que começou o incêndio, confirma que um dos integrantes da banda acendeu um sinalizador no palco.



'TEMOS DE ASSEGURAR QUE TRAGÉDIAS COMO ESSA JAMAIS SE REPETIRÃO', AFIRMA DILMA   

 Emocionada e com a voz embargada, a presidente Dilma Rousseff pediu que os prefeitos de todo o Brasil atuem para evitar a repetição de tragédias como o incêndio em Santa Maria (RS), ocorrido na madrugada deste domingo (27) e que resultou na morte de 231 pessoas.
Na abertura do Encontro Nacional de Novos Prefeitos, em Brasília, Dilma conclamou os gestores de todas as esferas para assumir a responsabilidade de fiscalizar locais públicos e de concentração de pessoas.

"Falo da dor para lembrar responsabilidade que todos nós, do Poder Executivo, temos com a população. Diante da tragédia, temos de assegurar que ela jamais se repetirá", disse a presidenta ao abrir o encontro.

Antes de iniciar o discurso, Dilma pediu um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no incêndio na discoteca Kiss. Ela ressaltou que a pior consequência da tragédia foi ter impedido pessoas jovens de concluírem os estudos e desenvolver o potencial no mercado de trabalho.

"[As vítimas] eram jovens. Tinham sonhos. Podiam ser nossos futuros prefeitos e prefeitas, presidentes e presidentas, cientistas, agrônomos, psicólogos e juízes. Eles podiam ser os filhos e netos de cada um de nós", disse Dilma.

'PAREI DE TOCAR', DIZ GUITARRISTA DE BANDA QUE SE APRESENTOU EM BOATE  

Baterista Eliel de Lima (esquerda) e guitarrista Rodrigo Lemos Martins estavam no palco quando o incêndio começou (Foto: Giovani Grizotti/ RBS TV)

Ainda abalados com o incêndio que deixou 231 pessoas mortas na boate Kiss durante uma festa universitária em Santa Maria (RS), o baterista Eliel de Lima, de 31 anos, e o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos, disseram na manhã desta segunda (28) que não viram quem acionou o efeito pirotécnico. Os dois são músicos contratados da banda Gurizada Fandangueira, que tocava no momento da tragédia.

Dois sócios da boate e dois integrantes da banda foram presos na manhã desta segunda.

Já em Rosário do Sul, cidade da região central do estado, os dois ainda lamentavam a morte do colega e sanfoneiro Danilo Jaques. E relataram o drama vivido. No tumulto, os músicos largaram os instrumentos e correram para a porta de saída da boate (que era também a de entrada). "Com a fumaça preta que espalhou rápido, não vi mais nada. A estrutura da boate tem uma porta de entrada, uma parede e mais duas portas. A dificuldade aumentou umas 500 vezes. E depois, na saída, ainda havia as grades da área de fumantes", explicou Eliel. Em lágrimas, o músico agradeceu a Deus por ter conseguido se salvar. "O sentimento é muito triste. Perdemos um amigo, não podemos mais falar com ele", disse, emocionado.

Sobre o show pirotécnico, disse não saber de quem é a responsabilidade. "Não sei dizer quem começou a queima dos fogos. Normalmente é a equipe técnica que decide isso", contou Eliel, que toca com o grupo há nove meses.

Rodrigo acompanha o grupo há apenas dois meses e disse não gostar do efeito especial, que já havia sido utilizado em outras apresentações. "Nunca gostei do cheiro que deixava. Mas somos empregados, quem manda são os donos", disse. Sobre o futuro na música, o guitarrista se disse esgotado. Ele afirmou que decidiu deixar o grupo. "Da minha parte, eu parei de tocar", afirmou Rodrigo.

Eliel revelou que nunca pensou que a pirotecnia pudesse causar uma tragédia de tamanhas proporções. "Não posso dizer se causaria ou não um incêndio. Não acontecia em todos os shows, era muito rápido e acionado somente em algumas músicas", disse o baterista.

Na madrugada de domingo, o grupo havia subido ao palco e tocado cerca de cinco músicas. Por volta das 2h30, sinalizadores foram acionados para realizar o efeito "gaitaço". "Quando estávamos na segunda música após o efeito, senti pingos do teto. Quando vi, estava pegando fogo. O percussionista até tentou jogar água. Um segurança veio com um extintor, mas ele não funcionou. O cantor também tentou acioná-lo", lembrou Rodrigo. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência.

Sanfoneiro Danilo Jaques, que aparece acima de camisa azul e blazer preto, morreu durante o incêndio (Foto: Arquivo pessoal)

Rodrigo disse que acredita que faltou sinalização da boate para a saída de emergência. "Queremos justiça. Não temos culpa de nada. Não queríamos perder um companheiro."

SARGENTO MORTO EM SANTA MARIA É ENTERRADO COM HONRAS MILITARES

Sargento morto em Santa Maria é enterrado
com honras militares (Foto: Roberta Lemes/G1)

O enterro do primeiro sargento Luiz Carlos Ludin de Oliveira, uma das vítimas do incêndio na boate Kiss durante uma festa universitária no domingo (27), foi enterrado na tarde desta segunda-feira (28) com honras militares. O velório ocorreu na Capela da Base Aérea de Santa Maria, no município da Região Central do Rio Grande do Sul, e o corpo foi sepultado por volta das 16h no Cemitério Santa Rita, na mesma cidade.

Ainda na base, foi dada uma saraivada de tiros pelos cadetes da Aeronáutica. Depois, após o pedido de um toque de silêncio, o caixão foi coberto com uma bandeira do Rio Grande do Sul. A bandeira foi dobrada e entregue à viúva Núria.

Formado em Odontologia, Oliveira morava com a mulher e um filho dela na Vila Militar de Santa Maria, onde trabalhava na Base Aérea. Deixou três filhos, que não moravam com ele.

Núria estava em Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e foi a Santa Maria quando soube do incêndio. Uma vizinha do casal que estava no enterro contou como era o militar. "Eram excelentes vizinhos", lamenta Carla Tarrago. "Viviam os três juntos. Eles tinham um cachorro, e ele vivia na rua brincando com o cachorro. Era uma alegria", conta.

O susto de Carla foi grande, afinal o filho de 18 anos estava na boate. Ela conta que ele havia feito aniversário na última sexta-feira (28), e foi comemorar porque já poderia entrar na Kiss. O adolescente, no entanto, se salvou.

DEPOIMENTO

Em depoimento à Polícia Civil, o dono da boate Kiss, Elissandro Sphor, disse que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio, segundo o delegado Sandro Meinerz.

O dono da boate Kiss também negou tenha ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens da festa na hora que o fogo começou. Sphor, que estava na boate quando a tragédia ocorreu, negou ainda ter retirado do local o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. O gravador sumiu do local, segundo Meinerz, responsável pelo caso.

INCÊNDIO

O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos.

Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.

O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.

"FATALIDADE"

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.

PÚBLICO

O número de total de pessoas que estavam no interior da boate Kiss no momento em que o incêndio começou ainda é desconhecido. Segundo informações da própria casa noturna, a capacidade máxima é para mil clientes.

De acordo com o delegado Sandro Meinerz, que é responsável pela perícia, informações coletadas pelas equipes de investigação dão conta de que o público na hora da tragédia era de aproximadamente mil pessoas. O Corpo de Bombeiros, no entanto, estima que o número era maior, perto de 1,5 mil.

Estudantes que sobreviveram à tragédia relataram que, inicialmente, seguranças da boate tentaram impedir a saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a passagem.

O capitão da Brigada Militar Edi Paulo Garcia disse que a maioria das vítimas tentou escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabou morrendo. "Tirei mais de 180 pessoas dos banheiros. Eles estavam tentando fugir", disse.

RESGATE

Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ajudaram a socorrer as vítimas. "A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça", disse o jovem Murilo de Toledo Tiecher.

Fonte: G1

PELO MENOS 101 MORTOS DE INCÊNDIO EM BOATE ESTUDAVAM NA UFSM  

Balanço publicado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) diz que pelo menos 101 das 231 vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, eram estudantes da instituição de ensino. A lista foi elaborada com base na relação preliminar de nomes divulgada pelo governo do estado do Rio Grande do Sul.

A relação foi elaborada com base no banco de dados de alunos da universidade. A UFSM destaca que o número pode aumentar porque alguns nomes foram divulgados com a grafia errada, o que impossibilita a conferência junto aos dados da universidade. Entre os mortos, 23 eram estudantes de agronomia, 16 cursavam tecnologia de alimentos, 15 estudavam medicina veterinária.

A festa “Agromerados”, na boate Kiss, começou às 23h de sábado (26), de acordo com as informações divulgadas no site da casa noturna. O evento era direcionado para jovens universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo o banner de apresentação, estudantes dos cursos de agronomia, medicina veterinária, pedagogia, zootecnia, técnico em agronegócio e técnico em alimentos eram os organizadores do evento.

O evento tinha classificação etária de 18 anos e o ingresso custava R$ 15. As atrações confirmadas do evento no site da boate foram "Gurizada Fandangueira", "Pimenta e seus Comparsas" e os DJs Bolinha, Sandro Cidade e Juliano Paim.

Lista de alunos da UFSM que morreram no incêndio da boate Kiss:

Alex Giacomelli - Agronomia
Allana Willers – Comunicação Social - Jornalismo
Ana Caroline Rodrigues – Tecnologia de Alimentos
Ana Paula Anibaleto dos Santos – Medicina Veterinária
André Cadore Bosser - Engenharaia Florestal
Andressa Inaja de Moura Ferreira – Medicina Veterinária
Andressa Rooz Paz – Curso Superior de Tecnologia em Agronegócios
Andrise Farias Nicoletti – Agronomia
Ângelo Nicolosso Aita – Medicina Veterinária
Ariel Nunes Andreatta – Tecnologia de Alimentos
Augusto Cesar Neves – Ciências da Computação
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva - Filosofia Bacharelado
Benhur Retzlaff Rodrigues - Engenharia Civil
Bruna Camila Graeff – Tecnologia de Alimentos
Bruna Karoline Occai – Mestrado em Bioquímica Toxicológia
Bruna Eduarda Neu – Tecnologia de Alimentos
Bruno Kraulich – Mestrado em Agronomia
Carolina Simões Corte Real – Tecnologia de Alimentos
Clarissa Lima Teixeira – Letras Português
Cristiane Quevedo da Rosa – Terapia Ocupacional
Daniel Sechim – Tecnologia em Agronegócios
Daniela Betega Ahmad - Agronomia
David Santiago de Souza - Odontologia
Emerson Cardoso Pain – Comunicação Social – Relações Públicas
Emili Contreira Nicolow
Erika Sarturi Becker - Agronomia
Fábio José Cervinski - Agronomia
Fernanda Tischer – Medicina Veterinaria
Flávia Decarle Magalhães – Administração Diurno -Cesnors
Flavia Maria Torres Lemos – Pedagogia Lic. Diurno
Franciele Araujo Vieira – Mestrado em Bioquimica Toxicológica
Franciele Viziole – Engenharia Civil
Guido Ramom Brites Burro – Zootecnia
Heitor Santos Oliveira – Ciências Econômicas
Heitor Teixeira Gonçalves - Administração
Helena Poletto Dambros – Medicina Veterinária
Henrique Nemitz Martins – Medicina Veterinária
Herbert Magalhães Charão – Terapia Ocupacional
Isabela Fiorini – Medicina Veterinária
Ivan Munchen – Medicina Veterinária
Jacob Francisco Thiele – Medicina Veterinária
Jaderson da Silva – Tecnologia de Alimentos
Jessica Almeida Konzen – Licenciatura em Educação Especial
João Paulo Pozzobom - Agronomia
José Manoel Rosa da Cruz - Zootecnia
Juliana Moro Medeiros – Tecnologia Alimentos
Juliana Oliveira dos Santos- Enfermagem
Juliana Sperone Lentz - Agronomia
Juliano de Almeida Farias – Engenharia de Controle e Automação
Karin Fernanda Knirsch – Tecnologia de Alimentos
Kelli Anne Santos Azzolin – Mestrado em Educação Ciências da Vida e Saúde
Larissa Holsbach – Tecnologia de Alimentos
Lauriane Salapata da Silva – Terapia Ocupacional
Leandro Nunes da Silva - Arquivologia
Leonardo Lemos Karsburg - Agronomia
Leonardo Schoff Vendrúsculo - Agronomia
Letícia Ferraz da Cruz – Medicina Veterinária
Lincon Turcato Carabagiale - Metereologia
Louise Victoria Farias Brissow – Tecnologia em Alimentos
Luiz Antonio Xisto – Medicina Veterinária
Luiz Eduardo Viegas Flores – Ciência da Computação
Luiz Felipe Balest Piovesan - Agronomia
Luiz Fernando Riva Donate - Agronomia
Maicon Douglas Moreira Iensen – Educação Física
Manoeli Moreira Passamani – Tecnologia de Alimentos
Maria Mariana Rodrigues Ferreira – Medicina Veterinária
Mariana Comassetto do Canto – Desenho Industrial
Mariana Moreira Macedo - Metereologia
Marton Matana – Engenharia Florestal
Matheus de Lima Librelotto - Agronomia
Mauricio Loreto Jaime - Zootecnia
Melissa Berguemaier Correia - Agronomia
Melissa do Amaral Dalforno – Tecnologia de Alimentos
Michele Dias de Campos – Medicina Veterinária
Miguel Webber May - Agronomia
Mirella Rosa da Cruz – Pedagogia Licenciatura Plena
Monica Andressa Glanzel – Matemática Licenciatura
Murilo Garcez Fumaco - Farmácia
Natascha Urquiza de Oliveira – Ciências Econômicas
Odomar Gonzaga Noronha – Ciências Econômicas
Octacílio Altíssimo Gonçalves - Zootecnia
Paula Batistela Gatto - Agronomia
Pedro de Oliveira Salla - Agronomia
Rafael Dias Ferreira – Ciências Biológicas - Licenciatura
Raquel Daiane Fischer – Tecnologia de Alimentos
Rhaissa Gross Cúria - Agronomia
Ricardo Stefanello Piovesan - Agronomia
Ruan Pendenza Callegari – Medicina Veterinária
Sandra Victorino Goulart
Shaiana Tauchem Antoline – Licencitura em Teatro
Stefani Posser Simeoni - Odontologia
Suziele Cassol – Tecnologia de Alimentos
Taise Carolina Vinas Silveira – Artes Visuais - Bacharelado
Thais Zimermann Darif – Medicina Veterinária
Thiago Amaro Cechinatto - Agronomia
Tiago Dovigi Segabinaze - Agronomia
Vagner Rolin Marastega - Agronomia
Victor Datria Macagnan - Agronomia
Vinicios Greff - Zootecnia
Vinicios Paglnossim de Moraes – Engenharia de Controle e Automação
Vitória Dacorso Saccol – Nutrição - Cesnors

CERCA DE 80 FERIDOS EM INCÊNDIO ESTÃO EM ESTADO GRAVE, DIZ MINISTRO
 
Um dia depois da tragédia ocorrida em uma festa universitária na boate Kiss em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, cerca de 80 feridos ainda estão em estado grave, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O incêndio deixou 231 pessoas mortas no domingo (27).
  
Vítimas começarama ser enterradas (Foto: G1)
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28), o ministro disse que os pacientes, vítimas do incêndio ocorrido na casa noturna, recebem "cuidados intensivos". "Queremos manter a possibilidade de termos vagas em UTI caso seja necessário", afirmou. Pelo menos 17 novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva em Santa Maria foram liberados para atender possíveis novas vítimas.

O número total de feridos espalhados por hospitais de quatro cidades gaúchas chega a 121. Em Santa Maria, são 82 pacientes internados – 40 em estado grave. "São pacientes que estão em ventilação mecânica. Estes pacientes estão em estado critico", afirmou Padilha.

Os outros 39 foram transferidos para Porto Alegre e para cidades da região metropolitana. O ministro disse que irá para a capital gaúcha ainda nesta segunda acompanhar o trabalho das equipes médicas e as condições de saúde das vítimas, muitas delas com queimaduras.

BANCOS DE PELE

O governo federal também já entrou em contato com bancos de pele de países vizinhos. "Estamos contatando bancos de pele de outros países, que podem ser necessários. Já conversei com ministros da Argentina, Uruguai e Peru", afirmou Padilha.

INCÊNDIO

O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos.

Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.

O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.

"FATALIDADE"

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.

PÚBLICO

O número de total de pessoas que estavam no interior da boate Kiss no momento em que o incêndio começou ainda é desconhecido. Segundo informações da própria casa noturna, a capacidade máxima é para mil clientes.

De acordo com o delegado Sandro Meinerz, que é responsável pela perícia, informações coletadas pelas equipes de investigação dão conta de que o público na hora da tragédia era de aproximadamente mil pessoas. O Corpo de Bombeiros, no entanto, estima que o número era maior, perto de 1,5 mil.

Estudantes que sobreviveram à tragédia relataram que, inicialmente, seguranças da boate tentaram impedir a saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a passagem.
O capitão da Brigada Militar Edi Paulo Garcia disse que a maioria das vítimas tentou escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabou morrendo. "Tirei mais de 180 pessoas dos banheiros. Eles estavam tentando fugir", disse.


RESGATE

Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ajudaram a socorrer as vítimas. "A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça", disse o jovem Murilo de Toledo Tiecher.

MORTOS EM INCÊNDIO EM BOATE SERÃO ENTERRADOS NESTA SEGUNDA-FEIRA

Lista de mortos velados em ginásio de Santa
Maria (RS) (Foto: Iara Lemos/G1)

O velório coletivo das vítimas que morreram no incêndio de uma boate em Santa Maria (RS) está previsto para acontecer até as 8h desta segunda-feira (28) no Centro Desportivo da cidade. Nesse horário, o bispo de Santa Maria, dom Hélio Adelar Hubert, deve celebrar um culto ecumênico no local em lembrança das vítimas.

No total, 231 corpos foram retirados do local, segundo a chefe geral de Perícia Médica do Rio Grande do Sul, Maria Ângela Zucchecco. Antes, o governo havia informado oficialmente que o número de mortos era de 233.

O enterro dos corpos deve começar, a partir das 9h, no Cemitério Municipal de Santa Maria. A relação com o nome das pessoas veladas no local foi colocada em cartazes na entrada do ginásio por volta da meia-noite deste domingo. Mais de 500 voluntários, entre profissionais da saúde e pessoas que ajudam a servir alimentos e água, estão trabalhando no local.

Outro cemitério da cidade, o Santa Rita, também esta recebendo o velório das vítimas. Igrejas evangélicas e associações comunitárias também cederam espaço.

INCÊNDIO

Conforme informações da polícia, o incêndio teria começado por volta das 2h30 deste domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Faíscas teriam atingido a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, e iniciado o fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e dois cursos técnicos.

“FATALIDADE”

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classifica o ocorrido como uma "fatalidade". De acordo com o texto, a empresa está em "situação regular" e se colaca à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.

VISITA

A presidente Dilma Rousseff esteve no Hospital de Caridade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss. Dilma conversou com alguns familiares que aguardavam para fazer o reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logo deixou o local sem falar com a imprensa.

Fonte: G1

'O CENÁRIO ERA INFERNAL: COPOS QUEBRANDO, GENTE CAINDO'; LEIA RELATOS DE SOBREVIVENTES 

Passadas algumas horas da maior tragédia do Rio Grande do Sul, sobreviventes começam a se manifestar. Confira alguns relatos de quem estava na Boate Kiss, em Santa Maria, onde pelo menos 233 pessoas morreram na madrugada de ontem, domingo. 

Kellen Rebello da Silva, 21 anos: 

"Vimos ainda a fumaça branca na casa, mas em pouquíssimo tempo começou o pior. Logo, via os corpos no chão, mas acreditava que aquelas pessoas ainda poderiam estar vivas, e não mortas". 

Lucas Cauduro Peranzoni, 31 anos, DJ que trabalhava na boate: 

"Todo mundo estava se empurrando. Respirei aquela fumaça e fiquei tonto. Caí na porta e os seguranças me puxaram para fora. Não houve trancamento da porta. Eles não enxergam a pista, foi uma contenção de cinco segundos, e quando gritaram que era fogo eles abriram". 

Luciene Louzeiro, 32 anos: 

"O cenário era infernal: copos quebrando, gente caindo, empurra-empurra. Para as mulheres, era ainda mais difícil disputar a saída da casa pelo corredor estreito que conduz até a saída, onde há poucas e pequenas portas que finalmente conduzem à rua." 

Estudante de Medicina que ajudou a socorrer vítimas: 

"O hospital universitário fica distante do Centro. A maioria das vítimas foi encaminhada para hospitais que ficam mais próximos da boate. Socorremos cerca de 30 pessoas e a maioria chegou consciente. Eles não estavam muito queimados, mas foram internados porque inalaram muita fumaça". 

Murilo Lima, sobrevivente: 

"Alguns seguranças pediam a comanda para pagar (...) A correria foi grande só depois que o fogo aumentou bastante".


27.01.2013 - domingo      

EM DEPOIMENTO, SOBREVIVENTE RELATA COMO FORAM AS DUAS HORAS DE RESGATE

O morador de Santa Maria Alberto Tessmer relata os momentos de terror que viveu no interior da boate (Foto: Alberto Tessmer / Arquivo Pessoal)

O morador de Santa Maria Alberto Tessmer, 35 anos, chegou à boate Kiss às 2h55min de ontem e participou durante duas horas dos esforços de resgate. Autor da foto acima, ele deu o seguinte depoimento ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul:

"Depois de sair de um bar próximo, onde estava com minha esposa, minha sobrinha e amigos, vi a movimentação dos Bombeiros. Achei que era uma situação controlada e fui fazer fotos.

Quando cheguei perto da boate, me apavorei. Larguei a câmera e fui tirar gente. Eram muitas pessoas gritando, caindo no chão, desmaiando. Naquela hora, os bombeiros estavam chegando. Estacionavam e desenrolavam as mangueiras.

Todo mundo ajudava: gente que havia conseguido sair da boate e outros que passavam por ali. Na hora, todo mundo era uma família, e os bombeiros ofereciam material para a gente ajudar.

Fiquei a maior parte do tempo colaborando na porta. Saía muita fumaça por ela, mas havia uma altura de uns 30 centímetros, junto ao chão, que estava mais livre. Como várias outras pessoas, eu puxava o ar e entrava engatinhando, para evitar a inalação. Avançava uns oito, 10 metros metros, para dentro da boate.

Os olhos queimavam muito. Enxergava um vulto, pegava, puxava o corpo. Peguei assim uma 20, vinte e poucas pessoas. Na porta, passava as vítimas para outras pessoas, que as levavam. Tentamos montar uma corrente, improvisada. Sei de gente que entrou dentro da boate para ajudar e não voltou.

Perto da porta havia uma janela lacrada por dentro. Perto das 3h30min, fui para lá. Começamos a bater na janela com marretas dos bombeiros, para arrancar a grade e abrir um buraco para criar um novo caminho para acessar o local. Tiramos a grade e derrubamos a proteção de madeira que fechava a janela.

Do lado de dentro, tinha um pessoal que ia alcançando os corpos por ali. Alguns não tinha pulsação nenhuma, outros engasgavam e apresentavam contrações pulmonares, mas é difícil dizer se as pessoas estavam vivas ou mortas. O importante era tirá-los dali. A gente ia tirando, e o pessoal de ambulâncias, de táxis e veículos particulares iam levando para hospitais."
 
HISTÓRICO INFELIZ: RELEMBRE OUTROS INCÊNDIOS TRÁGICOS EM BOATES   

A tragédia em Santa Maria, ocorrida na boate Kiss, na madrugada deste domingo, que ocasionou a morte de pelo menos 233 pessoas, soma-se a diversas outras que aconteceram durante todo o século 20 e início do século 21. A mais recente, antes da deste final de semana, ocorreu na Tailândia, em agosto de 2012, quando quatro pessoas morreram e 20 ficaram feridas.

RELEMBRE OUTROS EPISÓDIOS DE INCÊNDIOS EM BOATES 
 
Phuket, Tailândia - 17 de agosto de 2012
Quatro pessoas morreram e pelo menos 20 ficaram feridas em um incêndio que começou nas primeiras horas da manhã de 17 de agosto do ano passado.

Perm, Rússia - 5 de dezembro de 2009
Pelo menos 109 morreram e 134 ficaram feridas. Um show pirotécnico deu errado na boate Lame Horse, causando fuga descoordenada, com as pessoas tentando escapar entre a nuvem de fumaça.

Bangkok, Tailândia - 1º de janeiro de 2009
Ao todo, 66 pessoas morreram e 222 ficaram feridas. O incêndio que começou às 00h35min foi ocasionado por fogos de artifício que tocaram o teto do local.

Shenzhen, Guangdong, China - 21 de setembro de 2008
Pelo menos 43 morreram e 88 ficaram feridas. Pouco antes da meia-noite, um show com fogos terminou em tragédia para as mais de 300 pessoas que estavam no local.

Buenos Aires, Argentina - 30 de dezembro de 2004
Ao todo, 194 pessoas morreram. A boate República Cromãnón comportava mais de três mil pessoas quando o fogo começou também devido a um show pirotécnico, que causou o incêndio ao tocar a espuma do teto.

Rhode Island, EUA - 20 de fevereiro 2003
Cem mortos e mais de 200 feridos, durante o show da banda de rock Great White, no clube The Station, na cidade de West Warwick. A pirotecnia fez com que o local pegasse fogo e causasse a tragédia.

Chicago, EUA - 17 de fevereiro de 2003
Pelo menos 21 pessoas morreram também depois de um show pirotécnico que causou o incêndio na boate E2 Nightclub Stampede, em Chicago.

Quezon City, Filipinas - 18 de março de 1996
Pelo menos 162 pessoas morreram e 95 ficaram feridas. O pior incêndio da história das Filipinas ocorreu na Ozone Disco Club, a partir da meia-noite de 18 de março de 1996.

Nova York, EUA - 25 de março de 1990
A maioria das 87 vítimas fatais na boate Happy Land era descedente de hondurenhos que celebravam o Carnaval. Um refugiado cubano, que namorava uma funcionária do bar, teria provocado o incêndio por ter sido colocado para fora do local pelos seguranças. Ele foi preso e condenado por homicídio.

Saint-Laurent-du-Pont, França - 1º de novembro de 1970
O Club Cinq-Sept ocasionou a morte de 146 pessoas entre 17 e 30 anos na pequena cidade do sudoeste da França. Em torno de 180 pessoas estavam no local quando o fogo começou, por volta da 1h30min.

Southgate, Kentucky, EUA - 28 de maio de 1977
Pelo menos 165 pessoas morreram e 200 ficaram feridas no terceiro maior incêndio da história norte-americana em boates. O fogo demorou 25 minutos para ser percebido, apesar das reclamações devido a grande quantidade de fumaça no Beverly Hills Supper Club.

Boston, EUA - 28 de novembro de 1942
O fogo, que ocasionou a morte de 492 pessoas, começou pouco depois das 10h15min na boate Cocoanut Grove. Outras centenas ficaram feridas. Esta é, até hoje, a maior tragédia causada por um incêndio em uma boate, nos Estados Unidos.

Natchez, Mississippi, EUA - 23 de abril de 1940
Além de centenas de feridos, 207 pessoas morreram. O incêndio começou próximo à porta de entrada da boate Rhythm Night Club, pouco depois das 23h30min de 23 de abril de 1940.

Detroit, Michigan - 20 de setembro de 1929
Oficialmente, o incêndio que matou 22 pessoas e deixou mais de 50 feridas em uma boate nunca teve uma causa real confirmada. Suspeita-se de cigarros descartados na escada, que continha materiais inflamáveis.

Antes de Santa Maria, o mais recente havia ocorrido na Tailândia, em agosto do ano passado
Enviar para um amigo

SANTA MARIA: PAI DE VÍTIMA QUE PEDIU SOCORRO PELO FACEBOOK FAZ AMEAÇA A DONO DA BOATE KISS NA INTERNE

Michele Cardoso morreu no incêndio
 da boate Kiss (Foto: Reprodução)

Sandro Cardoso, pai de Michele Froehlich Cardoso e Clarissa Lima Teixeira, ambas vítimas da tragédia de Santa Maria neste domingo, usou seu perfil no Facebook para desabafar contra Kiko Spohr, dono da boate Kiss. Em tom de ameaça, Sandro Cardoso disse para o empresário se mudar da cidade.

“KIKO tu matou minhas duas filhas acho bom tu te mudar de santa maria tu não faz ideia da minha dor este recado vai direto pra ti e tua familia, pois a dor q estou sentindo é inexplicavel”, escreveu.
Ameaça no perfil de Sandro Cardoso aparece logo acima das fotos de Michele e Clarissa.

Em tom de ameaça, pai de duas vítimas disse para 
Kiko Spohr se mudar de Santa Maria (Foto: Reprodução)

Em seus últimos momentos de vida, a estudante de odontologia Michele Cardoso fez um apelo desesperado no Facebook quando o incêndio na boate Kiss começou. “Incêndio na KISS socorro”, escreveu a jovem. E seguida, vários amigos dela começaram a perguntar se ela estava bem, mas não houve mais nenhuma atualização de Michele na rede social. 


A estudante trabalhava na chapelaria da boate Kiss nos fins de semana há cerca de dois anos. O namorado dela, João Paulo Pozzobon, também morreu.

Fonte: extra.globo.com/noticias

INCÊNDIO NA BOATE KISS É O DE MAIOR NÚMERO DE MORTOS NOS ÚLTIMOS 50 ANOS NO BRASIL

Caso está entre os maiores incêndios do mundo
em ambientes fechados (Foto: Germano Roratto / Especial) 

A tragédia de Santa Maria já tem um lugar indesejado na lista das maiores tragédias brasileiras de todos os tempos. Entre os incêndios, o incidente na boate Kiss é o que teve mais vítimas nos últimos 50 anos. Até o momento já foram confirmados 233 mortos e outras dezenas de feridos.

De acordo com levantamento feito por Zero Hora, o incêndio só é superado na história brasileira pela tragédia ocorrida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1961. Na ocasião, 503 pessoas morreram após um circo com cerca de 3 mil espectadores pegar fogo, conforme o livro-reportagem O Espetáculo Mais Triste da Terra, do jornalista Mauro Ventura.

O coronel Humberto de Azevedo Viana Filho, secretário nacional da Defesa Civil, chegou a Santa Maria na tarde deste domingo. Ele compara a tragédia da boate Kiss com os deslizamentos no Rio de Janeiro, em 2011, que vitimaram mais de 900 pessoas e deixaram mais de 200 desaparecidos até hoje. Para o secretário, o que mais surpreende no caso é o número de mortos em espaço reduzido:

— Este evento só ressalta que devemos estar preparados em todos os municípios. É um momento de solidariedade e muita dor, e temos de ter prudência na avaliação dos dados.

Desde então, nenhuma tragédia se aproxima do número de vítimas do incêndio santa-mariense. A tragédia ocorrida na madrugada deste domingo teve 63 vítimas a mais do que a do edifício Joelma, em São Paulo, em 1974, e cinco vezes mais mortos que o incêndio nas lojas Renner, em Porto Alegre, em 1976.

Entre os incêndios ocorridos em locais fechados, como boates ou cinemas, o caso pode ser incluído no ranking das piores tragédias do mundo. Dois incidentes na China, em 1994, registram um número maior de mortos em situações semelhantes. O incêndio na boate Kiss supera, em número de vítimas fatais, até mesmo o caso da casa de shows Republica Cromañón, em Buenos Aires, em 2008. Naquela ocasião, a causa também foi o uso de fogos de artifício.

O incidente é comparável a catástrofes naturais, que atingem uma área muito mais ampla e um maior número de pessoas. Nas enchentes que atingiram Santa Catarina em 2008, por exemplo, morreram 98 pessoas menos. Dados coletados desde 1900 pelo Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, da ONU, com sede na Bélgica, apontam que este incêndio ocorrido no Estado também supera o número de mortos por deslizamento no Rio de Janeiro, em 2010.

Em informações preliminares, foi dito que o número de vítimas chegaria a 245 pessoas. O major do Batalhão de Operações Especiais (BOE), Cleberson Braida Bastianello, corrigiu o número de mortes confirmados para 233.

INCÊNCIOS NO RIO GRANDE DO SUL E NO BRASIL

1972

— incêndio do Edifício Andraus, em São Paulo, matou 16 pessoas e deixou 336 feridos

1974

— edifício Joelma, em São Paulo, teve 170 mortos

1976

— na loja Renner, em Porto Alegre, morreram 40 pessoas, mas apenas 29 foram identificados

1986

— Edifício Andorinhas, no Rio de Janeiro, teve 21 mortes confirmadas

2000

— uma creche, em Uruguaiana, teve 12 crianças como vítimas

Outras tragédias brasileiras

1961

— 503 pessoas morreram em um incêndio em um circo em Niterói (RJ)

1966

— 373 mortos em enchente no Rio de Janeiro no início daquele ano

1967

— em janeiro, 785 morrem com as chuvas no Rio (Defesa Civil do Rio de Janeiro aponta em torno de 500)

— 436 pessoas perdem a vida no deslizamento em Caraguatatuba (SP), em março

2008

— 135 morrem em enchentes em Santa Catarina

2010

— 229 pessoas morrem no deslizamento em morro em Niterói

2011

— em torno de 900 mortos em deslizamento de terra no Rio de Janeiro e mais de 200 desaparecidos

Grandes incêndios em locais fechados no mundo

1994

— 325 pessoas morreram em um cinema de Karamay, na China

— também na China, em Liaoning, 234 mortos foram confirmados em uma boate

2004

— incêndio matou 194 pessoas e deixou cerca de 1,4 mil feridos em Buenos Aires, na Argentina

1977

— 161 mortos em discoteca de Southgate, nos Estados Unidos

1970

— em Saint-Laurent-du-Pont, na França, 146 pessoas morreram na boate Cinq-Sept

A TRAGÉDIA

O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.

Sem conseguir sair do estabelcimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.

 A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos útimos 50 anos no Brasil.

A BOATE

Localizada na Rua Andradas, no centro da cidade da Região Central, a boate Kiss costumava sediar festas e shows para o público universitário da região. A casa noturna é distribuída em três ambientes - além da área principal, onde ficava o palco, tinha uma pista de dança e uma área vip. De acordo com o comando da Brigada Militar, a danceteria estava com o plano de prevenção de incêndios vencido desde agosto de 2012. 

VEJA MAIS FOTOS DA TRAGÉDIA EM BOATE DO RIO GRANDE DO SUL 

Fogo começou por volta das 2h30; incêndio deixou mais de 230 mortos.













 VEJA VÍDEOS DA TRAGÉDIA EM SANTA MARIA, NO RIO GRANDE DO SUL

 
 
  SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO RS DIVULGA LISTA PRELIMINAR DE MORTOS EM TRAGÉDIA DE SANTA MARIA
Foto: Divulgação
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul divulgou no fim da tarde deste domingo (27) uma lista provisória com as vítimas do incêndio em Santa Maria. A lista preliminar conta com 133 nomes. Foi confirmada a morte de 233 pessoas: 120 homens e 113 mulheres.
CONFIRA A LISTA ABAIXO:
Casal de namorados de Paraí e André da Rocha 
morre em tragédia na boate Kiss. Susiele Cassol,
 19 anos, e Roger Dallagnol, 21, serão sepultados
 juntos em Paraí (Foto: Divulgação)
Morador de Farroupilha está entre os desaparecidos.
 Ricardo Custodio (camisa listrada) foi à festa com
 outros dois amigos(Foto: Divulgação)
Felipe Vieira, de Caxias do Sul, é uma das
 vítimas do incêndio em Santa Maria. O rapaz,
 conhecido como Bugiu, trabalhava em um 
frigorífico (Foto: Divulgação)
Alan Rembem de Oliveira
Alaxandre Anes Prado
Alisson Oliveira da Silva
Allana Willers
André Cadore Bosser
Andressa Ferreira Flores*
Andressa Thalita Farias Brissow
Ângelo Nicolosso Aita
Augusto Cesar Neves
Augusto Malezan de Almeida Gomes
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva
Benhur Retzlaff Rodrigues
Bernardo Carlo Kobe
Bruna Brondani Pafhalia
Bruna Eduarda Neu*
Bruno Kraulich
Carlitos Chaves Soares
Carlos Alexandre dos Santos Machado*
Carolina Simões Corte Real
Cássio Garcez Biscaino
Clarissa Lima Teixeira
Daniel Knabbem da Rosa
Daniel Sechim
Daniela Betega Ahmadw
Danilo Brauner Jaques
Danriei Darin
David Santiago de Souza
Débora Chiappa Forner
Deives Marques Gonçalves
Dionatham Kamphorst Paulo
Douglas da Silva Flores
Elizandor Oliveira Rolin
Emerson Cardoso Pain
Evelin Costa Lopes
Fábio José Cervinski
Felipe Vieira
Fernanda Fischer
Fernando Michel Devagarins Parcianello
Fernando Pellin
Flávia Decarle Magalhães
Franciele Araujo Vieira*
Franciele Viziole*
Gabriela Corcine Sanchotene
Gabriela dos Santos Saenger
Geni Lourenço da Silva
Giovane Krauchemberg Simões
Guilherme Fontes Gonçalves
Guino Ramom Brites Burro
Gustavo Ferreira Soares
Heitor Santos Oliveira
Heitor Teixeira Gonçalves
Helio Trentin Junior
Henrique Nemitz Martins
Herbert Magalhães Charão
Hericson Ávila dos Santos
Igor Stefhan de Oliveira
Jacob Francisco Thiele
Jaderson da Silva
Janaina Portella
João Carlos Barcellos Silva
João Paulo Pozzobom
José Luiz Weiss Neto
Julia Cristofari Soul*
Juliana Moro Medeiros
Juliana Oliveira dos Santos
Juliana Sperone Lentz
Kelli Anne Santos Azzolin
Larissa Terres Teixeira
Leandra Fernanda Toniolo
Leandro Avila Leivas
Leandro Nunes da Silva
Leonardo de Lima Machado
Leonardo Machado de Lacerda
Leonardo Schoff Vendrúsculo
Letícia Ferraz da Cruz
Lincon Turcato Carabagiale
Louise Victoria Farias Brissow
Luana Behr Vianna
Lucas Leite Teixeira
Luciano Ariel Silva da Silva
Luciano Tagliapetra Esperidião
Luiz Fernando Riva Donate
Luiza Alves da Silva
Luiza Batistela Bottow
Maicon Afrolinario Cardoso
Maicon Douglas Moreira Iensen
Maicon Francisco Evaldt
Marcelo de Freitas Salla Filho
Maria Mariana Rodrigues Ferreira
Mariana Comassetto do Canto
Mariana Moreira Macedo
Marina Kertermann Kalegari
Martins Francisco Mascarenhas de Souza Onofre
Marton Matana
Matheus de Lima Librelotto
Matheus Engert Rebolho
Mauricio Loreto Jaime
Melissa do Amaral Dalforno
Michele Dias de Campos
Micheli Froehlich Cardoso
Miguel Webber May
Mirella Rosa da Cruz
Natiele dos Santos Soares
Odomar Gonzaga Noronha
Otacílio Altíssimo Gonçalves
Pamela de Jesus Lopes*
Paula Batistela Gato
Pedro de Oliveira Salla
Raquel Daiane Fischer
Rhuan Scherer de Andrade
Ricardo Dariva
Ricardo Stefanello Piovesan
Roger Dallanhol
Rogério Cardoso Ivaniski
Ruan Pendenza Callegari
Sabrina Soares Mendes
Sandra Leone Pacheco Ernesto*
Shaiana Tauchem Antoline
Silvio Beurer Junior
Suziele Cassol
Tailan Rembem de Oliveira
Taís da Silva Scaplin de Freitas
Tanise Lopes Cielo
Thailan de Oliveira
Thiago Amaro Cechinatto
Tiago Dovigi Cegabinaze
Vagner Rolin Marastega
Vandelcork Marques Lara Junior
Vinicios Greff
Vinicios Paglnossim de Moraes
Vinicius Silveira Marques de Mello
Vinissios Montardo Rosado
Viviane Tólio Soares
* Identificados pela Perícia Necropapiloscópia
Fonte:UOL.com.br
CONHEÇA A CIDADE DE SANTA MARIA, ONDE OCORREU A TRAGÉDIA DESTA MADRUGADA
Santa Maria e comunidade universitária estão 
em choque pela tragédia (Foto: Divulgação)
Santa Maria, uma dinâmica cidade de 261 mil habitantes no coração do Rio Grande do Sul, se viu aterrada neste domingo pela tragédia da boate Kiss, onde um incêndio matou pelo menos 232 pessoas, muitos deles universitários, e deixou outros 48 feridos.
A catástrofe abalou todo o Brasil, mas particularmente a comunidade universitária, já que muitas das vítimas eram jovens de diferentes faculdades da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que faziam uma festa no local.
"Sentimos muito que, em meio a um momento de festa, a tranquilidade de pais, irmãos e amigos seja interrompida pela notícia de uma fatalidade dessa dimensão", manifestou em comunicado o reitor da UFSM, Felipe Martins Müller.
O reitor, que disse estar "consternado pela tragédia", decretou luto na instituição e convocou "todos os psicólogos e assistentes sociais da universidade" para que compareçam ao Centro Desportivo Municipal da cidade a fim de ajudar os parentes das vítimas e a comunidade educativa.
Vista panorâmica da cidade de Santa
 Maria(Foto; Divulgação)
Santa Maria, uma cidade que vive do comércio e de serviços, abriga oito universidades, das quais a mais importante é a UFSM, que tem 1.804 professores e 27.299 estudantes, que representam mais de 10% do total de sua população.
O prefeito da cidade, Cezar Schirmer, decretou luto oficial de 30 dias pela tragédia ocorrida no centro do município.
"Ainda estamos todos chocados, trabalhando muito para ajudar as vítimas. Gostaria que este dia não tivesse amanhecido", disse ao jornal "Zero Hora" a diretora do Hospital Universitário de Santa Maria, Elaine Resener, cujo filho Luiz Arthur Resener de Moraes, estudante de medicina de 25 anos, está entre os feridos.
Elaine relatou que um amigo chegou até sua casa esta madrugada para informar sobre o incêndio e que seu filho estava entre os primeiros a serem socorridos e transferidos a um hospital da cidade.
"Corri para lá, e quando vi aquele monte de pessoas em frente ao local, comecei a ter noção do tamanho da tragédia", acrescentou Elaine.
A magnitude da tragédia só é superada no Brasil pela de 17 de dezembro de 1961 em Niterói (RJ), onde o Grande Circo Americano foi tomado pelas chamas durante uma apresentação, catástrofe que matou 503 pessoas, segundo dados extra-oficiais.
Fonte: Agencia EFE
DILMA ROUSSEFF SE ENCONTRA COM PARENTES DE VÍTIMAS E FERIDOS DE INCÊNDIO EM SANTA
A presidente chorou ao falar da 
tragédia (Foto: Divulgação)
Santa Maria (RS) - A presidenta Dilma Rousseff deixou há pouco o ginásio de esportes de Santa Maria, onde se encontrou com parentes das vítimas do incêndio na boate Kiss, na madrugada de hoje (27). As famílias estão no Centro Desportivo Municipal de Santa Maria, para onde foram levados os corpos para identificação. Muito emocionada, a presidenta deixou o local sem falar com a imprensa. Antes de chegar ao ginásio, ela também passou no Hospital Caridade, onde estão sendo atendidos parte dos feridos. A presidenta segue para a Base Aérea de Santa Maria, acompanhada pelo prefeito da cidade, César Schimer.
A presidenta estava acompanhada do ministro da educação, Aloizio Mercadante; da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS). 'É o tipo de tragédia que ninguém imagina que possa acontecer. Nossa preocupação agora é atender as famílias, e depois vemos outras coisas [apuração sobre as causas e responsáveis pelo acidente]', disse Marco Maia.
Dilma que participava da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a União Europeia, no Chile, cancelou a participação em três reuniões com autoridades da Argentina, Letônia e Bolívia por causa da tragédia e seguiu para Santa Maria. Em rápida entrevista, ainda no Chile, a presidenta se emocionou ao comentar a tragédia.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Alegre, resultou na morte de 232 pessoas e não de 245, conforme anunciado inicialmente pelas autoridades locais.
Fonte: Agência Brasil 
SOLDADOS ENCONTRARAM BARREIRA DE CORPOS EM BOATE
Autoridades baixam para 232 número oficial 
de mortos em incêndio (Foto: Divulgação)
Santa Maria - Ao entrarem na boate Kiss, em Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, para socorrer as vítimas de incêndio ocorrido na madrugada de hoje, os bombeiros se depararam com uma barreira de corpos. "Os soldados tiveram que abrir caminho no meio dos corpos para tentar chegar às pessoas que ainda estavam agonizando", descreveu o comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.
Segundo ele, o alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012.
Neste domingo, as equipes de apoio que estão atendendo os familiares solicitam a doação de água, papel higiênico, luvas cirúrgicas, máscaras e álcool em gel. Além disso, solicitam o apoio de ambulâncias particulares para auxiliar na remoção de quem passa mal.
Uma testemunha, em entrevista a uma rádio, afirmou que o fogo começou em um show pirotécnico da banda. Uma faísca teria pegado no teto e o fogo começou a se espalhar. O vocalista da banda pegou um extintor de incêndio, mas o equipamento não funcionou. (Lucas Azevedo, enviado a Santa Maria)
Fonte: Agência Brasil 

TESTEMUNHAS ACUSAM BOATE DE TER FECHADO PORTA NO INÍCIO DO INCÊNDIO
De acordo com os relatos, seguranças 
pensaram que tumulto era consequência 
de uma briga (Foto: Divulgação)
SANTA MARIA - Testemunhas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, disseram que no início do incidente, os seguranças bloquearam a saída da boate por acharem se tratar de uma briga. O local tem apenas uma porta de saída e muitas vítimas entraram no banheiro pensando que cruzavam a porta de emergência para a rua.
Nas redes sociais, diversas pessoas disseram que a porta da boate foi fechada por alguns minutos. Alguns internautas afirmam, inclusive, que o motivo seria impedir que os frequentadores saíssem do local sem pagar a comanda.
De acordo com o Comitê Gestor de Crise, formado por equipes dos bombeiros, da Defesa Civil e das polícias militar e civil após a tragédia, pelo menos 180 pessoas morreram - a maioria asfixiada. Um caminhão precisou realizar quatro viagens para retirar os corpos do local e levá-los até um ginásio.
O governador do RS, Tarso Genro, confirmou, por meio de sua conta no Twitter, que se dirigirá a Santa Maria. "Domingo triste! Estamos tomando as medidas cabíveis e possíveis. Estarei em Santa Maria no final da manhã", escreveu o governador. A presidente Dilma Rousseff cancelou seus compromissos no Chile e viaja para Santa Maria ainda hoje.
Fonte: Estadão.com.br
FAMÍLIA IDENTIFICA CORPO DE ESTUDANTE DE RADIOLOGIA DE 23 ANOS  A estudante de radiologia Leandra Toniolo, 23, que estava entre os desaparecidos no incêndio que atingiu a boate Kiss, no centro de Santa Maria (307 km de Porto Alegre), foi encontrada morta pelos familiares. O incêndio deixou ao menos 231 mortos e 117 hospitalizados, segundo revisão de números feita pela Brigada Militar. O local tinha capacidade para 2.000 pessoas. 
O corpo de Toniolo estava no caminhão usado pela Brigada Militar para levar a grande quantidade de corpos ao Centro Desportivo Municipal (Farrezão). "A família está desolada, a Michele [amiga que sobreviveu e contou que Toniolo estava no banheiro no momento do incêndio] está em estado de choque, disse a estudante Clarissa Weiss Pereira, 33, prima de Michele Pereira, 34.
Corpo de Leandra Toniolo, 23, foi encontrado em caminhão da Brigada Militar (Foto: Arquivo pessoal)
A auxiliar de escritório Michele Pereira, 34, é uma das pessoas que conseguiu escapar do incêndio que atingiu na madrugada a boate Kiss, no centro de Santa Maria (307 km de Porto Alegre), e deixou ao menos cem mortos e 200 feridos, segundo informações preliminares do Exército. No momento do incêndio Pereira estava em frente ao palco onde um grupo fazia um show. "A banda que estava no palco começou a usar sinalizadores e, de repente, pararam o show e apontaram [o sinalizador] para cima. Aí o teto começou a pegar fogo, estava bem fraquinho, mas em questão de segundos começou a se alastrar", contou. A auxiliar estava próxima da porta da saída, por isso conseguiu escapar. "Foi minha sorte estar perto da saída e era a única que tinha pelo que eu vi porque todo mundo estava saindo por ela ou pela porta de entrada", contou. No corre-corre, Michele caiu e machucou o joelho. "Vi muita gente sendo pisoteada no desespero para sair de lá eu acabei cortando o joelho", disse.  Na saída, o cenário visto por Pereira foi desolador. "Foi terrível, cena de filme de horror! Corpos caídos pelo chão, muita gente desmaiada, chorando, tentando respirar porque a fumaça era muita", contou. Pereira estava com a estudante de radiologia Leandra Toniolo, 23, quando a amiga avisou que iria ao banheiro, deixando todos os documentos na bolsa da auxiliar. O incêndio começou quando Toniolo ainda estava no banheiro. "Assim que o incêndio começou ela ainda estava no banheiro, que ficava próxima a entrada. Eu estava no lado oposto, perto do palco e próximo da porta de saída. Eu teria que cruzar a pista inteira para tentar encontrá-la e no tumulto era impossível", contou. 
INCÊNDIO NO GRAN CIRCO EM NITERÓI COMPLETA 51 ANOS. RELEMBRE:
Em 17 de dezembro de 1961, mais de 
500 pessoas morreram na maior tragédia 
circense  da história (Foto: Divulgação)
O domingo parecia mergulhado no clima alegre que se instalara em Niterói com a chegada, dias antes, do que prometia ser o maior e mais completo circo da América Latina. No dia 17 de dezembro de 1961, sob a lona verde e laranja do Gran Circo Norte-Americano, a plateia esperava ansiosa pelo número que encerrava o espetáculo do dia. A trapezista Nena, apelidada de Antonietta Stevanovich, terminava o seu salto tríplice e esperava os costumeiros aplausos, quando um incêndio criminoso lambeu, às 15h45, a lona parafinada que cobria o picadeiro. Nena e os outros dois parceiros trapezistas escaparam ilesos. As outras 2.500 pessoas, não.
 Cartaz do Gran Circo anunciava sua chegada
 na cidade de Niterói, no Rio (Foto: Divulgação)
Foi assim que, há exatos 50 anos, começou o que se considera “a maior tragédia circense da história”, como noticiaram os jornais da época. O incêndio do Gran Circo deixou um sentimento de aversão aos espetáculos itinerantes em Niterói, e promoveu uma enorme comoção no Brasil inteiro. Fez surgir o profeta Gentileza, e também se tornou um marco na carreira do cirurgião Ivo Pitanguy. Foi neste episódio que João Goulart, presidente à época, chorou na frente dos fotógrafos, ao conversar com uma das vítimas.
Dequinha acabou confessando ter ateado fogo na lona
 por vingança ao proprietário do circo (Foto: Divulgação)
Os números divulgados pela imprensa eram desencontrados, mas a tragédia terminou com um saldo oficial de 503 mortos, a maioria, crianças. Há famílias que contam nunca ter encontrado seus parentes. Hoje, a história detalhada do incêndio do Gran Circo é narrada nas páginas do recém lançado O espetáculo mais triste da história, livro do jornalista Mauro Ventura, pela editora Companhia das Letras. Conta o autor que, em suas pesquisas para estruturar a obra, o que mais lhe chamou atenção foi o fato de quase ninguém acreditar na versão oficial da polícia, de que Dilson Marcelino Alves, 20 anos, o Dequinha, ateou fogo no local com a ajuda de outros dois homens, Bigode e Pardal.
 Oficiais dos Bombeiros trabalhavam para apagar o fogo
 que botou o Gran Circo abaixo (Foto: Divulgação)
Dequinha estava entre os funcionários contratados provisoriamente pelo dono do circo, Danilo Stevanovich, para ajudar na montagem do picadeiro. Por ser "preguiçoso", o jovem foi demitido três dias antes do incêndio, mas sem antes prometer vingança. Dequinha logo se tornou o principal suspeito do crime, pelo qual confessou ser o autor, dias depois da tragédia. Mesmo assim, conta Mauro Ventura que, ao abordar os personagens que viveram o drama, muitos preferem acreditar na versão de que um curto-circuito pôs fim ao espetáculo.  
Foto: Divulgação
“Também me chamou atenção o impacto que a tragédia teve na vida das pessoas, e não só dos sobreviventes”, lembra Ventura. “Assisti a um vídeo feito há dez anos em que os médicos falam do trabalho de atendimento às vítimas, e todos eles choram. Mesmo gente que não viveu diretamente o incêndio, tendo acompanhado apenas pelas revistas, ainda se diz marcada pelas fotos”.
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Apesar da comoção, Niterói preferiu varrer da sua história a memória da tragédia que feriu quase um país inteiro. Os espetáculos circenses só voltariam ao município em 1975, com a chegada do circo Hagenback, que inaugurou com lona importada à prova de fogo, saídas de emergência, extintores de incêndio e bombeiros de plantão. Anos depois, no local onde se deu a tragédia de 61, o Exército decidiu erguer o hospital Policlínica Militar de Niterói – que neste sábado inaugura, às 11h, um memorial para as vítimas no local. Durante escavações para reforçar a estrutura do terreno, já na década de 80, funcionários encontraram ossadas humanas, resquícios do incêndio durante o espetáculo que, em menos de dez minutos, terminou em cinzas.
 Prefeitura da cidade estimou em 503
 o número de mortos, que não cabiam
 em um só cemitério (Foto: Divulgação)
O CIRCO
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O Gran Circo Norte-Americano, de americano mesmo, tinha só o nome e um artista, o palhaço Walter Alex. O proprietário, Danilo Stevanovich, era gaúcho de Cacequi, membro de uma família de sete irmãos que dominavam uma rede de circos na América Latina. Afora uma portuguesa, um japonês, um chinês e um casal francês, os demais artistas eram todos brasileiros do Rio Grande do Sul.
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Era o terceiro circo sob a administração dos irmãos Stevanovich que pegou fogo. Os outros dois, Bufalo-Bill e Shangri-lá, foram destruídos em 1951 e 52, respectivamente, na Avenida Presidente Vargas. Entre as vítimas, no entanto, estavam apenas animais do circo. Estes, por sinal, não eram poucos. Com três elefantes, uma girafa, 12 leões, dois tigres, quatro ursos pardos, dois polares, um chimpanzé, um camelo, um antílope, um cavalo e alguns cães, o Gran Circo se gabava de ser um zoológico itinerante.
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Uma elefante fêmea que estava no picadeiro se tornou, anos depois, uma das heroínas do incêndio. Pronta para entrar em cena, Semba disparou em uma corrida desesperada quando um pedaço de lona queimada lhe caiu sobre o couro. Ao atravessar a lona, o animal abriu caminho e acabou salvando inúmeras pessoas – mas também fez vítimas em seu trajeto.  Nos jornais da época, o feito de Semba ganhou destaque: “Com a tromba, atirou a distância dois assistentes, que conseguiram salvar-se. As feras escaparam, embora nenhuma delas tenha conseguido abandonar as jaulas. Só alguns elefantes saíram a correr, sendo imediatamente dominados pelos domadores”, escreveu o JB.
 Pitanguy conta ao 'JB' os momentos mais marcantes
 da tragédia no circo  (Foto: Divulgação)
Quando houve o incêndio, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy trabalhava como professor na PUC, e ainda não tinha inaugurado a famosa clínica na rua Dona Mariana, em Botafogo. No dia, conta aoJB, ele seguia para a Santa Casa da Misericórdia quando ouviu, pela rádio, o anúncio de que o circo pegava fogo.  Pitanguy seguiu para o Iate Clube do Rio e, a bordo da sua lancha particular, atravessou a Baía de Guanabara para se juntar ao mutirão que procurava ajudar as vítimas.
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“Cheguei com uma equipe em pleno momento de comoção. Havia muita gente querendo ajudar, mas também uma enorme desorganização”, lembra o médico. “Lembro de um caso muito heróico de um menino que tinha se salvado e voltou para debaixo da lona para buscar o seu amigo. O que era mais dramático é que eram muitas crianças, e ao lado delas, seus amigos, de modo que devia haver ali pelo menos 500 delas”.
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Muitos personagens, além do menino Pablo, sobreviveram ao incêndio, outros foram salvos por qualquer acaso que os impediu de conferir o espetáculo. O dono do circo, Danilo Stevanovich, por exemplo, não abandonou o negócio e continuou no ramo circense até sua morte, em 2001, conforme conta Mauro Ventura.  Hoje, a família ainda está à frente de três lonas: Le Cirque, Bolshoi e Karton.
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Mas nem todos tiveram a sorte de se refazer como os Stevanovich. Maria José do Nascimento Vasconcelos, a Zezé, viveu durante anos com circofobia e constantes desmaios, diagnosticados por médicos como uma epilepsia adquirida. Salva pela elefanta Semba, Zezé adquiriu mesmo foi o gosto pelos paquidermes e coleciona em casa miniaturas dos animais. Há também os personagens que mostram a superação, caso de Lenir Ferreira de Queiroz Siqueira, que perdeu o marido e os dois filhos no incêndio, e ainda cultiva a alegria de viver.
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Houve também os que se salvaram por algum acaso – ou interferência divina, para os mais supersticiosos. É o caso de Rosane Coelho, que tinha reservado o domingo para ir ao espetáculo, mas por conta de uma febre, foi para um lanche de família na casa de um tio.
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“Na véspera, eu, meus pais e minha irmã tínhamos dito à nossa avó que iríamos ao circo, o que  não aconteceu”, conta. “Quando soube do incêndio no dia seguinte, minha avó ligava desesperadamente para a minha casa, mas não atendíamos porque estávamos na casa do meu tio. Ela ficou desesperada”, acrescenta, lembrando das kombis que passavam com voluntários pedindo gelo nas casas para ajudar os feridos.
O mundo é redondo e o circo é arredondado.  Por este motivo, então, o mundo foi acabado.  Profeta Gentileza  (Foto: Divulgação)
O incêndio do Gran Circo Norte-Americano fez surgir o profeta Gentileza, figura conhecida por suas famosas mensagens nas pilastras do Caju. Reza a lenda que o excêntrico personagem enlouqueceu ao perder a família na tragédia, mas Mauro Ventura desmente o mito em O espetáculo mais triste da Terra. José Datrino, nome verdadeiro de Gentileza, trabalhava com uma frota de caminhões.
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Quando o Gran Circo foi incendiado, Datrino recebeu um “chamado divino”, segundo o qual deveria “consolar os desconsolados” que perderam tudo com a tragédia. A partir de então, Datrino virou Gentileza, o profeta. Deixou a família, pegou seu caminhão, comprou 200 litros de vinho e se dirigiu à Av. Rio Branco, em Niterói, para oferecer, de graça, um copo da bebida como consolo para quem quisesse. Gentileza também montou uma casa no local do incêndio, plantou flores e fincou uma placa: “Bem-vindo ao Paraíso do Gentileza. Entre, não fume, não diga palavras obcenas”. Viveu durante quatro anos no local consolando as pessoas que por lá passavam.
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Outros trabalhos afirmaram que Gentileza preveniu muitas mortes ao oferecer palavras de consolo aos parentes e amigos que iam ao local do incêndio – onde ele estabeleceu morada – para tentar suicídio na linha do trem que passava por perto.  Quando saiu do local do acidente, Gentileza peregrinou pelo país.
O CHORO DE JANGO
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O presidente João Goulart visitou o Hospital Antônio Pedro, onde se encontravam as vítimas nos dias que se seguiram ao incêndio. Á época, contou o Jornal do Brasil que, em companhia do primeiro-ministro, Tancredo Neves, e do governador Celso Peçanha, "o presidente parou diante de uma menina de cor, envolta em gaze até o queixo, e lhe perguntou se tudo corria bem. A menina sorriu - e o presidente levou as mãos aos olhos, afastando-se logo. Diante de uma criança que mal respirava, exclamou, quase num sussurro: ‘Não é possível, meu Deus’”. Na época, Jango colocou - ou pelo menos afirmou que colocaria - todos os recursos da União para o Governo do Estado do Rio reforçar o trabalho de socorro às vítimas.
Fonte:Jornal do Brasil
VEJA FOTOS DA TRAGÉDIA EM BOATE DO RIO GRANDE DO SUL   
Fogo começou por volta das 2h30; polícia retira dezenas de corpos.
INCÊNDIO EM BOATE DEIXA MAIS DE 230 MORTOS NO RIO GRANDE DO SUL
Incêndio em boate em Santa Maria deixa mortos
e feridos (Foto: Zero Hora / Germano Roratto/Especial)

SANTA MARIA — Um incêndio na boate Kiss, no Centro de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou 232 mortos na madrugada deste domingo. Inicialmente foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros que o número de vítimas fatais era de 245. O major do Batalhão de Operações Especiais (BOE), Cleberson Braida Bastianello, afirmou que 117 pessoas estão hospitalizadas em decorrência do incêndio. Até o momento, a lista de mortos não havia sido divulgada oficialmente. No momento da tragédia, havia entre 300 e 400 jovens no local, participando de uma festa universitária. A boate tem capacidade para duas mil pessoas. De acordo com a GloboNews, o dono do estabelecimento já se apresentou à polícia. De acordo com Edi Paulo Garcia, capitão da Brigada Militar, 90% dos corpos estariam nos dois banheiros - um masculino e outro, feminino. Segundo ele, a boate teria apenas uma saída. Dois caminhões levaram os corpos até o ginásio esportivo da cidade, que foi isolado pela Brigada Militar para evitar a invasão de parentes e amigos. Familiares formaram uma fila de 500 metros em volta do local, para o reconhecimento dos corpos. O jornal “Zero Hora” divulgou o nome de seis pessoas que morreram nos hospitais, após terem sido socorridas na boate. O fogo foi controlado por volta das 5h30m, mas às 7h ainda havia equipes no local, fazendo o trabalho de rescaldo. A polícia e o Corpo de Bombeiros apuram as circunstâncias que provocaram fogo. Segundo as primeiras informações divulgadas pelo site G1, as chamas teriam começado por volta das 2h30m quando o vocalista da banda que se apresentava fez uma espécie de show pirotécnico. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico e as chamas se espalharam. O secretário de Segurança do estado, Airton Michels, não confirmou a informação de que um show pirotécnico teria desencadeado o incêndio. O prédio ficou destruído, mas não existe mais risco de desabamento. Relatos de sobreviventes mostram como incêndio provocou pânico. Muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência.  - Era uma porta pequena para muita gente sair - disse Luana Santos Silva, que estava na boate, à GloboNews. - Chegou (socorro e polícia) tudo muito rápido - disse Aline Santos Silva, irmã de Luana. Profissionais de saúde pedem à população que doe sangue nos hospitais. A cidade também precisa de voluntários como médicos e enfermeiros para atender os feridos. O jornal “Zero Hora” divulgou uma lista com o nome de feridos que estão nos hospitais. Seis unidades estão fazendo o atendimento às vítimas. Parentes e amigos percorrem os hospitais em busca de notícias das vítimas. O “Diário de Santa Maria” informa que, no ginásio do Centro Desportivo Municipal (CDM), há um Comitê Gestor da Crise que tem dado apoio aos familiares. Centenas de amigos, pais e familiares estão no local em busca de informações. O procedimento, segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), é que as famílias se dirijam até o CDM se identifiquem. Ainda não há previsão de o horário da divulgação da relação dos nomes dos mortos.  TRAGÉDIA EM BOATE É MAIS DA HISTÓRIA DO RS  Segundo o jornal “O Diário de Santa Maria”, o local possuiria apenas uma porta de saída e houve tumulto na tentativa de fuga. Bombeiros e populares abriram um buraco na parede externa para possibilitar que mais pessoas consigam sair. O jornal relata ainda que, na tentativa de identificar os nomes, o Instituto Geral de Perícias (IGP) tem colocado documentos de identificação — como identidade, carteira nacional de habilitação, entre outros — e celulares nos peitos destas vítimas. De acordo com relatos de servidores do IGP, muitos telefones dos mortos no ginásio tocam sem parar. O jornal “Zero Hora” informa que esta já é a maior tragédia do Rio Grande do Sul. Ao saber da tragédia, a presidente Dilma Rousseff cancelou a agenda no Chile e já está em Santa Maria. O incêndio no Rio Grande do Sul está sendo noticiada pela imprensa internacional. A tragédia em Santa Maria tem mobilizado as redes sociais. Santa Maria é uma cidade universitária porque concentra muitas pessoas da região e até de outros estados que vão estudar. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ainda estava em aulas, devido à greve de 2012. Então, é provável que muitos estudantes estivessem na boate, que começou a queimar por volta das 2h, segundo a Brigada Militar. À rádio CBN, o comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, Moisés da Silva Fux, informou que o estabelecimento estava com o alvará vencido. A FGF (Federação Gaúcha de Futebol) cancelou a rodada deste domingo do Gauchão devido ao incêndio na boate Kiss.

Fonte: http://extra.globo.com/
25.01.2013 - sexta-feira

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